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Teologia da Libertação no Brasil ❤️ origem, é heresia

Há muitas dúvidas sobre a Teologia da Libertação no Brasil, já que ao passo que alguns a denominam, marxista e malévola, há outros que a enxergam como “oportuna, útil e necessária”. Na rápida resposta, afirma-se que a Teologia da Libertação foi sempre, desabonada pela Igreja, de maneira oficial, quando procurou se valer, na sua prática ou teoria, de comunismo ou marxismo, perversa ideologia em si.

Nota o Documento de Puebla (1979), com efeito, que de forma errônea, “alguns creem ser possível separar diversos aspectos do marxismo, em particular sua doutrina e sua análise. Recordamos que seria ilusório e perigoso chegar a esquecer o nexo íntimo que os une radicalmente, aceitar os elementos da análise marxista, sem reconhecer suas relações com a ideologia, entrar na prática da luta de classes e da sua interpretação marxista, deixando de perceber o tipo de sociedade totalitária e violenta a que conduz tal processo”.

De fato, é suficiente falar que comunismo foi capaz de deixar de legado quantidade superior a 100 milhões de mortos. Teologia da Libertação surgiu da influência de 3 frentes do pensamento, portanto, Evangelho social de igrejas norte-americanas, que chegou no Brasil através do teólogo presbiteriano e missionário Richard Shaull, e teologia antropo-política, e Teologia da Esperança.

Em especial publicação no ano de 1965, por Harvey Cox, teólogo batista, A Cidade Secular de contraposição para clássica obra De Civitate Dei, de Santo Agostinho.

Teologia da Libertação no Brasil é mais popular em contexto da América Latina, em especial no catolicismo dos anos 1960, depois do Concílio Vaticano II, em que se tornou dos teólogos, práxis política, como Leonardo Boff, Gustavo Gutiérrez, e mais.

Papa João Paulo II

Papa São João Paulo II também fez alerta para Bispos latino-americanos, acerca do perigo grave de se misturar marxismo e cristianismo, em 2 de fevereiro de 1980. O Pontífice, então, dizia:
“A Igreja não necessita de recorrer a sistemas e ideologias para amar, defender e colaborar na libertação do homem… A libertação cristã usa meios evangélicos com a sua eficácia peculiar e não recorre a algum tipo de violência, nem à dialética da luta de classes… ou à práxis ou à análise marxista, pelo perigo de ideologização a que se expõe a reflexão teológica, quando se realiza partindo de uma práxis que recorre à análise marxista. Suas consequências são a total politização da existência cristã, a dissolução da linguagem da fé na das ciências sociais e o esvaziamento da dimensão transcendental da salvação cristã”.

Assim, a defesa, do modelo de teologia destes é favorecer ao afastamento do povo das dioceses ou paróquias, e de Deus, talvez, a contribuir com secularismo e também relativismo religioso. É necessário aqui falar “não”, para esta Teologia da Libertação.

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“Oportuna, Útil e Necessária”?

Na contrapartida, existem pessoas que falam, sem mais, que disse o Papa São João Paulo II, a Teologia da Libertação, ser “oportuna, útil e necessária”, até a de cunho marxista. Quem remove o texto de contexto, ora, gera pretexto para fazer o outro falar qualquer coisa, não o que o outro desejou, de fato, falar.

É o que se tem dado com tal alocução do Papa proferida, na data 9 de março do ano de 1986, para representação em Roma do Episcopado Brasileiro. O que realmente falou João Paulo II:

“Na medida em que se empenha por encontrar aquelas respostas justas – penetradas de compreensão para com a rica experiência da Igreja nesse país, tão eficazes e construtivas quanto possível, e, ao mesmo tempo, consonantes e coerentes com o anúncio do Evangelho, Tradição viva e do perene Magistério da Igreja – estamos convencidos, nós e os senhores, de que a teologia da libertação, é não só oportuna, mas útil e necessária. Ela deve construir uma nova etapa – em estreita conexão com as anteriores – daquela reflexão teológica iniciada com a Tradição apostólica e continuada com os grandes Padres e Doutores, com o Magistério ordinário e extraordinário, e, na época mais recente, com o rico patrimônio da Doutrina Social da Igreja, expressa em documentos que vão da RerumNovarum à Laborem Exercens”.

Atualmente, há documentos novos nesta área. A Teologia da Libertação, em síntese, que São João Paulo II defendeu se resume aquela fiel para Magistério e Tradição da Igreja.

E de fato, nada ter a ver com marxismo. Trata-se da Doutrina Social da Igreja aplicada. Para esta ação libertadora, de modo verdadeiro fundada, em Evangelho, pode o cristão sem medo, falar “sim”.

Teologia da Libertação no Brasil é Heresia?

Teologia da Libertação no Brasil é heresia? Jesus ensinou os fiéis a amarem o próximo como a si e cuidar dos pobres. A Teologia da Libertação faz muito para trazer estas questões para primeiro plano.

Porém, o problema com a Teologia da Libertação é que distorce a mensagem do Evangelho de uma de salvação e transformação para mero trabalho social.

Todas as formas de opressão, escravidão e injustiça têm suas raízes no pecado pessoal. A libertação do pecado pessoal é o que elimina estes efeitos secundários. A Teologia da Libertação essencialmente foca nos sintomas, ao invés, da doença. E tem tendências para marxismo, foca na luta de classe ao invés do pecado individual, e tende a focar em sistemas, ao invés de pessoas. Este ramo da teologia também foi usado para justificar violência.

O cristianismo autêntico declara que Jesus Cristo morreu pelo pecado e oferece aos fiéis nova vida através da graça. A Teologia da Libertação no Brasil tem uma tendência a focar em reformar os sistemas terrenos injustos, com consideração apenas secundária para os pecados das pessoas envolvidas.

Enquanto seja certamente louvável e santo dedicar a vida para se opor à injustiça, é necessário lembrar que Jesus morreu para que as pessoas pudessem ter vida terna, não apenas melhor acesso para programas sociais.

O que de bom são todos os programas sociais no mundo se as pessoas ainda são escravas do pecado? E como podem estes programas sociais não serem abusados por aqueles que os controlam se são ainda regidos pelo pecado original?

A Igreja condena injustiça, opressão, e escravidão. A Igreja busca despertar consciência dos que podem afetar mudança. A Igreja prega que todos são ordenados, não sugeridos, a amar um ao outro. Mas todas estas coisas devem ser feitas de acordo com a verdade do Evangelho.

A ideia que a mensagem cristã é principalmente focada em questão secular e econômica é de fato heresia, mas a ideia que realmente tenta ajudar os pobres através da caridade pessoal e criar sistemas justos na sociedade sendo uma obrigação moral dos cristãos é perfeitamente ortodoxa. Papa João Paulo II e Bento XVI muitas vezes falaram sobre a necessidade de uma opção preferencial para os pobres.

Se uma escola católica está ensinando Teologia da Libertação no Brasil, dependeria do contexto. Se for apresentado na análise histórica das teologias do século 20, então pode ser útil e informativa. Se, porém, for apresentada como teologia católica autêntica, então uma reclamação deve ser feita.

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Sobre Rodrigo de Sá

Carioca, nascido e criado no Rio de Janeiro. Católico Apostólico Romano desde sempre. Sou devoto de São Bento e ativo em movimentos da Igreja Católica desde a adolescência, fundei o site Jovens Católicos em 2016 com objetivo de mostrar tudo o que envolve as maravilhas da fé católica. Entre em Nossa Comunidade no Whatsapp Clicando Aqui!

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