Por quê o programa 90 Dias Para Casar é a banalização do sacramento do matrimônio e por que os jovens não devem assistir

90 Dias Para Casar, a banalização do sacramento do matrimônio

Rodrigo de Sá Artigos Religiosos Cristãos Jovem católico, deixe seu comentário

O programa “90 Dias para Casar”, que é uma produção de entretenimento, costuma ser considerado pela Igreja Católica como uma banalização do sacramento do matrimônio por várias razões que envolvem tanto a visão religiosa do casamento quanto os valores cristãos que a Igreja preconiza para essa instituição.

1. O Programa 90 Dias Para Casar Desvaloriza o Matrimonio como Sacramento

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Para a Igreja Católica, o matrimônio não é apenas uma instituição social ou legal, mas um sacramento, um vínculo sagrado que reflete a união de Cristo com a Igreja. A visão católica do matrimônio enfatiza o compromisso duradouro, a fidelidade, o amor incondicional e a abertura à vida (no caso, à procriação). Quando o casamento é reduzido a um evento de entretenimento, tratado com superficialidade e rapidez — como no caso do programa “90 Dias para Casar” —, isso pode ser visto como uma distorção de seu significado espiritual profundo. A ideia de um compromisso sério e sagrado é comprometida pela forma como o programa estrutura os relacionamentos e a pressão para que o casamento aconteça rapidamente.

2. Superficialidade do Compromisso

No programa, casais que mal se conhecem são colocados na pressão de se casar em um curto período de tempo (90 dias). Essa abordagem pode ser vista pela Igreja como uma superficialização do compromisso matrimonial, transformando um sacramento de amor e fidelidade em algo mais voltado para o entretenimento e a busca por audiência. Para a Igreja, um matrimônio deve ser fundamentado em uma construção gradual de relacionamento, amadurecimento mútuo e discernimento sobre a vocação conjugal, e não um evento acelerado e sensacionalista.

3. Falta de Discernimento e Preparação do Programa 90 Dias Para Casar

A Igreja Católica considera essencial que os casais se preparem adequadamente para o matrimônio, seja por meio de cursos de preparação ou orientação espiritual. O programa “90 Dias para Casar” propõe que os casais tomem uma decisão rápida e muitas vezes sem o tempo necessário para um discernimento genuíno sobre o compromisso que o matrimônio exige. Essa falta de preparação pode ser vista como prejudicial, pois não permite que os participantes reflitam de forma profunda sobre o significado e a seriedade do sacramento.

4. Visão Comercial e Sensacionalista

A Igreja também critica o fato de que programas como esse são muitas vezes criados com o único intuito de gerar audiência e lucro. A visão de casamento como algo espetacularizado e tratado como um “show” vai contra a visão cristã, onde o matrimônio é visto como um compromisso sagrado e pessoal. Para a Igreja, essas produções reduzem um ato de fé e vida a um espetáculo consumista, o que pode levar os jovens a entenderem o matrimônio de forma distorcida.

5. Exemplos Errados para os Jovens

A Igreja sempre enfatizou a importância de modelos positivos de vida familiar para os jovens, pois são eles os futuros membros da sociedade e da Igreja. Programas como o “90 Dias para Casar” podem passar a mensagem de que o casamento é algo que pode ser apressado, jogado para o entretenimento, ou até mesmo descartável, o que vai contra os valores católicos de amor duradouro e compromisso. Para a Igreja, isso pode influenciar negativamente a visão dos jovens sobre o matrimônio, distorcendo o entendimento do que significa um casamento cristão.

6. A Percepção de Casamento como “Jogo”

Quando o casamento é tratado como uma “competição” ou um jogo de entretenimento, isso pode levar a uma visão utilitarista do matrimônio, onde ele é visto mais como uma conquista ou algo que pode ser descartado com facilidade, em vez de um compromisso sacramental e inquebrantável diante de Deus e da comunidade.

Por que os jovens católicos devem evitar assistir esse tipo de programa como 90 Dias Para Casar?

Formação de uma visão distorcida do matrimônio: Ao assistir a esse tipo de programa, os jovens podem absorver uma visão superficial e distorcida do que é o matrimônio cristão. O casamento para a Igreja Católica é um caminho de amor sacrificial, respeito mútuo, e fidelidade, e não algo que se faz em poucos meses ou sob pressão.
Riscos para o amadurecimento emocional: O matrimônio exige maturidade, discernimento e preparação emocional. O formato de um programa como esse pode incentivar decisões precipitadas, sem refletir sobre os aspectos mais profundos e desafiadores do compromisso conjugal.
Modelos inadequados de relacionamentos: Esse tipo de programa pode incentivar uma abordagem errada de relacionamentos, destacando o conflito e a resolução rápida de problemas em vez do diálogo e do respeito. Para a Igreja, a preparação para o matrimônio envolve muito mais do que resolver problemas, é um trabalho contínuo de crescimento na fé, no amor e na construção de um projeto de vida a dois.

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Conclusão

A Igreja Católica vê programas como o “90 Dias para Casar” como uma forma de banalizar o matrimônio, tratando-o de maneira superficial e sensacionalista, e isso vai contra a visão tradicional da Igreja sobre o sacramento do casamento. Para os jovens católicos, é importante evitar consumir esse tipo de conteúdo, pois ele pode prejudicar sua compreensão do que é realmente o matrimônio cristão e distorcê-los a entender o casamento como algo passageiro e de fácil resolução, quando, na realidade, ele exige comprometimento, preparação, respeito e, acima de tudo, a graça divina.

Imagem: https://www.freepik.com

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