Lidar com as emoções sendo jovem ou adolescente católico é viver intensamente, sentir profundamente e muitas vezes… se perder no meio do turbilhão de emoções. Quem nunca chorou por amor, sentiu o coração bater mais forte por alguém, ou ficou ansioso esperando uma mensagem? Mas será que todas essas emoções devem nos dominar? Como lidar com isso à luz da fé católica?
O Dom das Emoções: Presente de Deus
Deus nos criou com corpo, alma e emoções. Sentir não é pecado. Pelo contrário: as emoções são parte da nossa humanidade, dom de Deus. O Catecismo da Igreja Católica (CIC), no parágrafo 1764, ensina que “as paixões ou sentimentos são componentes naturais do psiquismo humano”. Elas nos movem ao bem e nos afastam do mal. Mas… e quando elas nos confundem?
O problema não está em sentir, mas em ser escravizado pelos sentimentos. Quando as emoções dominam a razão e a vontade, acabamos tomando decisões precipitadas, impulsivas e muitas vezes pecaminosas.
Adolescência e Juventude: Um Campo de Batalha Emocional
A adolescência é um tempo de descobertas: do corpo, das amizades, da sexualidade, da própria identidade. Os sentimentos ficam mais intensos, e tudo parece “pra ontem”. É nessa fase que muitos jovens iniciam relacionamentos afetivos, cheios de expectativas, sonhos… e muitas vezes ilusões.
A Bíblia Sagrada Católica nos alerta sobre isso. Em Provérbios 4,23, está escrito: “Guarda com toda diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”. Isso quer dizer: cuide do seu coração, cuide das suas emoções. Não entregue seu coração a qualquer um ou qualquer situação sem discernimento e oração.
O Namoro Católico: Escola de Amor, não de Sofrimento
Infelizmente, muitos jovens vivem o namoro como um casamento. Entregam tudo: tempo, afeto, corpo e alma. Se esquecem que o namoro para o católico é um tempo de conhecimento mútuo, de aprendizado e não de consumação. Como consequência, sofrem rupturas dolorosas, decepções, frustrações, traumas que carregam por anos.
O Catecismo nos convida à castidade, que é “a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade interior do homem em seu ser corporal e espiritual” (CIC 2337). Ser casto é saber esperar, é ter domínio próprio, é não deixar as emoções se tornarem ídolos.
Emoções Não São Deus
Um erro comum é achar que o que se sente é o que se deve seguir. “Se eu sinto, então é certo.” Mas o coração humano pode ser enganoso (Jeremias 17,9). As emoções podem nos trair. É por isso que, como cristãos, somos chamados a educar nossos sentimentos, e não ser guiados por eles.
Imagine uma carruagem: os cavalos são as emoções, a razão é o cocheiro. Se os cavalos estão soltos e sem controle, a carruagem vai para o abismo. Mas se o cocheiro domina as rédeas, os cavalos correm na direção certa. Assim deve ser a vida do jovem católico.
Como Lidar com as Emoções? 7 Dicas Práticas:
- Ore todos os dias. Fale com Deus sobre o que sente. Jesus também sentiu medo, tristeza e alegria. Ele entende você.
- Busque direção espiritual. Um sacerdote ou orientador espiritual pode ajudar você a discernir o que está sentindo.
- Não tenha pressa. Namorar não é obrigação. Aprenda a ser feliz sozinho e com Deus primeiro.
- Valorize a amizade. Relacionamentos saudáveis começam com boas amizades, sem pressa de rotular tudo como namoro.
- Evite ocasiões de pecado. Não brinque com os limites. O corpo responde aos estímulos e a queda pode ser dolorosa.
- Estude o Catecismo da Igreja Católica e a Bíblia Sagrada. Eles são bússolas que ajudam a compreender o que Deus quer de nós.
- Confie no tempo de Deus. Ele tem planos lindos para sua vida. Não se desespere se ainda não encontrou “alguém”.
O Sofrimento por Amor: Uma Dor que Pode Santificar e Ensinar a Lidar com as Emoções
É normal sofrer por amor. Mas não é normal se afundar no sofrimento. Se o relacionamento terminou, ou se nunca começou, lembre-se: Deus não tira nada sem dar algo melhor. Ofereça a dor a Ele. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia: “O sofrimento é o maior tesouro da terra. Ele nos aproxima de Deus”.
A dor não precisa ser o fim, pode ser o começo de algo novo: de uma amizade mais profunda com Jesus, de um recomeço mais maduro, de uma vida mais livre das escravidões emocionais.
Jesus é o Modelo Perfeito de Equilíbrio Emocional
Jesus chorou, sentiu compaixão, indignou-se, teve medo (vide o Horto das Oliveiras). Mas em nenhum momento Ele foi escravo desses sentimentos. Ele sempre os viveu em união com a vontade do Pai. Como nos ensina o Catecismo (CIC 1767): “As paixões são boas quando contribuem para uma ação boa”.
Aprender a viver com equilíbrio emocional é também um ato de caridade consigo mesmo e com os outros. É um passo essencial para viver bem o namoro, o futuro matrimônio e toda a vida cristã.
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Conclusão: A Fé como âncora em meio a como lidar com as emoções
Se você é jovem e está vivendo um tsunami de emoções, não se desespere. Você não está sozinho. Deus conhece o seu coração. Mas Ele quer que você aprenda a dominá-lo, a educar seus afetos, a usar as emoções como combustível para o bem, não como algemas que aprisionam.
Namorar é bom, amar é melhor ainda. Mas, antes de amar alguém, aprenda a se conhecer, a se dominar e a se entregar nas mãos de Deus. Isso é maturidade emocional. Isso é ser verdadeiramente livre. Isso é ser jovem… e católico.
Foto: http://www.freepik.com/
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