O filme “Conclave” é uma obra de ficção baseada no romance homônimo de Robert Harris. Embora retrate com precisão diversos aspectos do processo real de eleição papal, como a chegada dos cardeais com suas malas, a hospedagem na Casa Santa Marta e o uso da Capela Sistina para as votações, a narrativa central e os personagens são fictícios. Harris consultou o cardeal inglês Cormac Murphy O’Connor, que participou dos conclaves de 2005 e 2013, para garantir autenticidade em sua descrição dos procedimentos.
No entanto, o filme introduz elementos dramáticos que se afastam da realidade, especialmente no desfecho. A revelação de que o papa eleito é intersexo gerou controvérsias significativas entre os católicos. Líderes religiosos, como o bispo Robert Barron, criticaram a obra por considerarem que ela promove uma agenda progressista e apresenta uma visão negativa da hierarquia da Igreja.
Além disso, o filme é acusado de retratar a Igreja como um ambiente de ambição e corrupção, o que desagrada muitos fiéis que veem essa representação como injusta e tendenciosa. O diretor Edward Berger afirmou que sua intenção não era atacar a Igreja, mas sim explorar a humanidade de seus membros e as complexidades envolvidas na escolha de um novo papa.
Em resumo, “Conclave” mescla elementos reais do processo de eleição papal com uma narrativa fictícia que inclui reviravoltas controversas. A insatisfação de muitos católicos decorre da percepção de que o filme distorce aspectos fundamentais da fé e da estrutura da Igreja, além de promover ideias que conflitam com os ensinamentos tradicionais do catolicismo.

Quais as Controvérsias em torno do filme “Conclave”
O filme “Conclave” gerou diversas controvérsias entre os católicos e especialistas religiosos. As principais polêmicas incluem:
1. Representação da Igreja e dos Cardeais
– O filme retrata a Igreja como um ambiente repleto de intrigas, ambição e corrupção, algo que muitos católicos consideram uma visão distorcida da realidade.
– Cardeais são apresentados como figuras manipuladoras, preocupadas mais com política e poder do que com a fé, o que gerou críticas de líderes religiosos.
2. O Papa Eleito é Intersexo
– O maior ponto de polêmica é a revelação no final do filme de que o cardeal eleito como novo Papa é intersexo (uma condição genética em que uma pessoa nasce com características sexuais que não se encaixam nas definições típicas de masculino ou feminino).
– Muitos católicos consideraram essa reviravolta uma tentativa de promover uma agenda progressista dentro da Igreja, o que desagradou, e COM RAZÃO, setores mais conservadores.
3. Críticas de Líderes Religiosos
– O bispo norte-americano Robert Barron criticou o filme, alegando que ele apresenta uma “versão cínica” da Igreja e que “deturpa a fé católica”.
– Outros especialistas apontaram que a obra parece querer desafiar as doutrinas tradicionais da Igreja, usando a ficção para levantar debates polêmicos.
4. Mistura de Fatos Reais e Ficção
– O filme retrata corretamente alguns aspectos do processo do conclave, como as regras e cerimônias, mas adiciona elementos ficcionais que podem confundir quem não conhece o funcionamento real da eleição papal.
– Há a preocupação de que muitas pessoas tomem como verdade as situações inventadas pelo roteiro.
5. Intenção do Diretor
– O diretor Edward Berger afirmou que não quis atacar a Igreja, mas sim mostrar a humanidade dos cardeais e as complexidades do conclave.
– Mesmo assim, a recepção foi negativa entre muitos católicos, que viram a obra como mais um exemplo de Hollywood tentando provocar a Igreja.
Por que NÃO assistir ao filme Conclave
Se você é um jovem católico comprometido com sua fé, há alguns motivos pelos quais pode ser melhor evitar assistir ao filme Conclave:
1. Filme Conclave Retrata a Igreja de Forma Negativa
– O filme mostra o conclave como um ambiente de ambição, intrigas e corrupção, sugerindo que os cardeais estão mais preocupados com política do que com a fé.
– Essa abordagem pode transmitir uma imagem distorcida da Igreja, reforçando estereótipos negativos.
2. O Final Controverso
– A maior polêmica do filme é a revelação de que o papa eleito é intersexo, algo que não tem precedente na história da Igreja.
– Isso pode ser interpretado como uma provocação aos ensinamentos da fé católica sobre identidade e biologia humana.
3. Filme Conclave Pode Confundir Quem Não Conhece a Igreja
– Embora use elementos reais do processo do conclave, o filme mistura realidade e ficção, o que pode levar alguns espectadores a acreditarem em inverdades sobre o Vaticano.
– Para quem não conhece bem a doutrina católica, pode acabar absorvendo informações equivocadas.
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4. A Intenção do Filme Não É Evangelizar
– Diferente de filmes como “Paixão de Cristo” ou “O Homem que Nunca Existiu”, que aprofundam a fé, “Conclave” não tem o objetivo de edificar espiritualmente o espectador.
– Pelo contrário, ele levanta polêmicas e questionamentos que podem abalar a fé de quem não tem uma base sólida.
5. A Igreja Não É Perfeita, Mas Não É Como o Filme Mostra
– Sim, há desafios dentro da Igreja, mas ela é também um espaço de santidade, fé e busca por Deus.
– O filme foca apenas nos aspectos negativos, sem mostrar a beleza da fé católica e sua missão no mundo.
Alternativas Mais Positivas
Se você busca conteúdos que fortaleçam sua fé, pode optar por filmes e séries como:
✅ “Paulo, Apóstolo de Cristo”
✅ “Oficina do Diabo” (sobre a influência do mal em nosso dia a dia)
✅ “O Grande Milagre” (sobre a Eucaristia)
✅ “Cartas para Deus” (sobre oração e confiança)
✅ “Desafiando Gigantes” (motivação cristã)
Conclusão sobre o Filme Conclave
Filme “Conclave” gerou forte reação por tocar em temas sensíveis para os católicos e por apresentar uma visão da Igreja Católica que muitos consideram injusta. O filme divide opiniões: alguns o veem como uma provocação desnecessária, enquanto outros enxergam nele uma oportunidade para discutir temas modernos dentro da fé.
Se você deseja entender mais sobre a Igreja e o conclave, é melhor procurar fontes confiáveis como o Catecismo da Igreja Católica ou documentários sérios. Assistir a “Conclave” pode acabar trazendo mais dúvidas e confusão do que crescimento na fé.
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