Bíblia Católica x Bíblia Evangélica: Qual a diferença entre essas bíblias sagradas

Bíblia Sagrada Católica e Evangélica 🏅 Quais as Diferenças Entre Essas Bíblias Sagradas?

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Muitas pessoas já folhearam uma edição protestante, evangélica, da Bíblia, e com certeza notaram diferença quando se fala em número de livros, comparando com a Bíblia Sagrada católica.

Portanto, o Novo Testamento possui 27 livros em ambas, porém, a quantidade do Antigo Testamento é diferente. Por que há falta destes trechos sagrados na Bíblia Sagrada evangélica?

Quantidade de Livros no Antigo Testamento

Na realidade, para Bíblia católica e evangélica, existem 27 livros no Novo Testamento, iniciando no Evangelho de Mateus e finaliza no Apocalipse. E isso muda em número de livros do Antigo Testamento.

Cânon católico (lista) apresenta 46 livros, já o protestante, trata-se de 39. Ausentes neste são os livros de Tobias, Sabedoria, Judite, Eclesiástico (Sirácida ou Sirac), Baruc, II Macabeus e I Macabeus. E faltam ainda determinados fragmentos dos livros de Daniel e de Ester.

Qual a razão de estes trechos sagrados faltarem em Bíblia evangélica? Está embasada a Igreja Católica, Tradição e Sagradas Escrituras, também em Magistério. Ele garante que sejam os mesmos ensinados por Cristo no decorrer do tempo, a fé professada e Evangelho transmitido.

De início, foi composto pelos indivíduos escolhidos por Jesus, ou seja, Apóstolos, em que sucessores são atualmente, responsáveis pela confirmação dos irmãos e ainda garantir guarda de depósito da fé. Protestantes no século XVI se afastaram do Magistério, de fato, o renegando.

Alegando que a Igreja Católica se corrompeu, eles empreenderam esforço enorme arqueológico na recuperação da denominada Igreja “primitiva”.

Ali, perceberam que o povo judeu tinha diferente lista dos livros sagrados, sendo 39 livros, portanto, 7 livros a menos comparando com cânon católico.

Então, para concluírem que foram acrescentados os outros livros pela Igreja Católica, foi questão de tempo. Incluindo a Bíblia Sagrada Católica

Bíblia Sagrada da Igreja Católica é completa
Bíblia Sagrada da Igreja Católica tem 7 Livros a mais

E os 7 Livros Adicionais da Bíblia Sagrada Católica?

7 livros adicionais contam com o nome de deuterocanônicos. O termo “deuteros” é do grego e quer dizer “segundo”. São determinados assim, porque mesmo já constando em cânon no Concílio de Cartago no século IV de fato, apenas foram oficializados no século XVI, por Concílio de Trento.

Na realidade, já estavam em versão grega da Bíblia, denominada Septuaginta, apenas não integravam texto hebraico. A partir disso, então no século XIX, decidiram os protestantes abolição de modo definitivo dos 7 livros do seu cânon.

Salmos da Bíblia Sagrada Católica que valem a leitura e reflexão:

Línguas Diferentes

Antigo Testamento foi de início compilado no hebraico. Era composto o livro pelas 3 partes, portanto, Torá, Neviim, e Kethuvim. Torá apresentava os 5 primeiros livros, chamados ainda de pentateuco.

Neviim possuía os Profetas. E Kethuvim, os Escritos. Entre Tanakh (Bíblia hebraica), e então Antigo Testamento que a Igreja Católica adotou, a diferença se encontrava em livro que possuía os “Escritos”.

É bom salientar que o processo da canonização destes livros foi bastante lento. De fato, primeiro os livros da Torá foram canonizados, e depois, os dos Profetas, e apenas após bastante tempo, os dos Escritos.

O cânon da Bíblia judaica na época de Jesus, não se encontrava ainda fechado.

Assim, os judeus que eram contemporâneos de Jesus Cristo, debatiam ainda acerca de quais livros eram sagrados.

Os saduceus, por exemplo, apenas criam em livros da Torá, e fariseus, admitiam Profetas e Escritos, porém, não inteiramente, já que consideravam que a inspiração de Escritos não estava concluída ainda.

A ordem dada por Jesus para Apóstolos, “ide pelo mundo e evangelizai”. O mundo daquela época o grego falava, que se mostrava o mesmo que inglês atual.

Desta forma, Apóstolos iniciaram a pregar no grego o Evangelho. No entanto, como isso ocorria, se estava em hebraico a Bíblia? Apóstolos passavam a usar tradução do hebraico da Bíblia, ao grego, chamada Septuaginta, que foi elaborada antes de Cristo em Alexandria.

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Na Tradução dos Setenta, como é conhecida também, os 7 livros estão contidos. Qualquer sério biblista consegue notar que em várias citações do Antigo Testamento que estão no Novo, a tradução usada se mostra a da Septuaginta.

Trata-se do livro usado por Apóstolos, e este foi, portanto, adotado pela Igreja Católica.

Na realidade existiu conflito entre judeus e cristãos, já que os judeus notaram que Apóstolos pregavam o Evangelho de maneira diferente, assim, expulsaram os cristãos de sinagogas.

Isso motivou também judeus a fechar cânon de livros sagrados, ou seja, a decisão deles foi excluir definitivamente aqueles 7 livros que estavam em Septuaginta.

Isso, no entanto, apenas ocorreu no fim do século I, então um século depois de Jesus vir. Dessa maneira, protestantes aceitando cânon da Bíblia judaica, desprezam autoridade que Jesus deu para apóstolos, e aceitam definição de rabinos judeus até após Cristo.

Bíblia Sagrada Católica

Na realidade, muito se poderia argumentar neste sentido, mas, basta saber para católicos, que a Igreja é quem define cânon das Escrituras.

Vale lembrar ainda que foi essa Igreja a definidora dos outros 27 livros pertencentes ao Novo Testamento, e não há discussão sobre eles.

Assim, uma questão que deve ser feita, “qual o motivo de os protestantes aceitarem autoridade da Igreja Católica que fez definição dos 27 livros do Novo Testamento, não aceitando autoridade desta Igreja em relação aos 46 livros pertencentes ao Antigo Testamento?”.

Não havia definição ainda do cânon do Novo Testamento até o terceiro século. Uma informação histórica. Existiam várias listas, várias discussões sobre quais livros deveriam ou não deveriam fazer parte das Sagradas Escrituras.

Na realidade, não existe argumento para justificar postura arbitrária vinda dos protestantes da adesão para judeus no detrimento de fé da Igreja.

Primeiro documento da Igreja se referindo a este cânon da atualidade, sendo 27 livros no Novo Testamento, e 46 livros no Antigo Testamento, se caracterizou o Concílio de Hipona, no tempo de Santo Agostinho.

Não restaram, infelizmente, consignados os atos do Concílio de Hipona.

No seu número 120 e seguintes, o Catecismo da Igreja Católica, ensina acerca do cânon das Escrituras. E há ainda mais 2 documentos citando cânon das Escrituras.

Concílio de Florença é o primeiro, no seu Decretum pro lacobitis, da data 4 de fevereiro do ano 1442.

Já o segundo, trata-se do Concílio de Trento, famoso, que em 1546, fez publicação do Decreto acerca dos livros sagrados e tradições para acolher.

Nós católicos, diferente dos protestantes, não têm pertencimento para religião de um livro, porém, sim para Jesus Cristo, que está presente e vivo na sua Igreja, portanto, “uma, santa, católica e apostólica”.

Na realidade, ela celebra na sucessão apostólica os idênticos sacramentos, está sob o mesmo governo eclesiástico junto ao Papa e Bispos, e crê nas mesmas Escrituras, na mesma fé.

Como Santo Agostinho falou, “Ego vero Evangelio nos crederem, nisi me catholicaeEcclesiaecommoveretauctoritas”, ou seja, “eu não creria no Evangelho, se a isto não me levasse à autoridade da Igreja Católica”.

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