O Catecismo da Igreja Católica explicitamente define o racismo como um pecado, CCC 1938, a discriminação racial, sem contar ser um crime.
Este pecado é mais difundido do que é imediatamente evidente para muitos. O racismo, discriminação racial, mantém crenças desiguais em relação aos de outra raça, em conjunto com uma crença na própria superioridade racial.

Discriminação Racial e a Bíblia Sagrada
Durante a dolorosa Paixão Dele no Jardim do Getsêmani e enquanto morrendo na Cruz do Calvário, Jesus encontrou nos Salmos as palavraspara clamar ao Amado Pai Dele do fundo da dor Dele, palavras como estas do Salmo 22: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. E do Salmo 143: “O inimigo persegue minha alma; ele esmagou minha vida no chão;… Senhor, apresse-se e responsa; pois meu espírito desfalece dentro de mim.”.
George Floyd não morreu sozinho. Jesus estava com ele, rezando com ele e por ele. Toda vez e em todo lugar, Jesus aproxima-se de cada pessoa, especialmente em momentos de sofrimento e na hora da morte.
É importante se reunir para rezar juntos pelo perdão pelo pecado do racismo onde ocorrer. E ao fazer assim, é importante ser claro o que os católicos entendem por racismo. Há 3 partes para o racismo.
3 Partes para o Racismo
Primeiro, é “discriminação injusta com base na raça de uma pessoa”. Os fiéis foram criados por Deus para serem irmãos e irmãs uns aos outros, para viver em solidariedade um com o outro, para ser “guardião do irmão”, e para superar mal-entendidos e preconceitos através do diálogo honesto e engajamento.
Quando falha ao fazer isso, o tecido social das famílias e comunidades é dilacerado. Infelizmente, isso ainda acontece no mundo.
Segundo, o preconceito racial, discriminação racial, é uma violação sobre a dignidade humana. Cada ser humano é criado à imagem e semelhança de Deus. Isso quer dizer que a dignidade tem uma qualidade transcendente dada a cada um por Deus.
As pessoas não têm isso. Não é algo que as pessoas merecem. É delas porque são amadas por Deus, que é amor e que deseja que todos sejam salvos e sejam felizes junto a Ele para sempre no céu. É o motivo de acreditar que o racismo é um pecado que viola a dignidade humana.
Terceiro, o racismo é um pecado contra a justiça. Não pode ser superado por novos atos contra a justiça. Enquanto o racismo é um ato pecaminoso que provoca preconceito, injustiça e falta de respeito pela dignidade humana, o racismo também se esconde atrás da indiferença.
Racistas podem não ser pegos porque estão fazendo “nada”. Mas, na descrição de Jesus sobre o Juízo Final, encontrada em Mateus 25:41, o pecado é retratado não como o que as pessoas fizeram, mas “o que elas deixaram de fazer”. “Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.”.
O romancista americano Nathaniel Hawthorne, que tinha uma percepção aguçada de como Satanás tenta as pessoas para pecar, disse que ele mais temia era que seu coração se transformasse em gelo, congelado pela indiferença que ele permitiu que ali se alojasse.
Esta frieza do coração é o que se vê no irmão mais velho do filho pródigo. O pecado dele não está tanto no que fez, mas no que ele deixou de fazer: ele recusou reconhecer o filho pródigo como irmão dele, dizendo ao pai, “Este teu filho!”. E ele recusou ir à casa para comer com o pai dele e irmão quando o “bezerro cevado” foi preparado para celebração da conversão dele e regresso para casa paterna.
Determinação Humana
O racismo não é superado, porém, pela própria determinação humana. É superado por Deus, pela misericórdia Dele.
Não é conquista das pessoas. As pessoas têm uma parte chave a desempenhar, em cooperação com a graça Dele, mas apenas Deus pode mudar as mentes e corações. É o motivo de os sacramentos da Confissão e Eucaristia desempenharem tais papéis vitais em superar o pecado do racismo (discriminação racial).
O filho pródigo, quando finalmente caiu em si e viu como seu egoísmo tinha arruinado sua vida, disse ao pai dele, Lucas 15:18, “Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não mereço mais ser chamado de teu filho…”. Pela graça de Deus, ele percebeu quão grande era a necessidade dele de Deus.
O racismo, discriminação racial, é superado pelo perdão de Deus; e é expresso nas palavras como aquelas que se diz na missa, no início da missa, “Confesso a Deus Todo-Poderoso e a vocês, meus irmãos e irmãs, que pequei…”. Mais tarde na missa, apenas antes de receber a Sagrada Comunhão, o padre diz enquanto segura a Sagrada Eucaristia: “Eis o Cordeiro de Deus! Eis Aquele que tira os pecados do mundo. Bem-aventurados os chamados à ceia do Cordeiro”. Então todos respondem, “Senhor, eu não sou digno que entreis em minha morada; mas dizei uma palavra e serei salvo”.
Papa São João Paulo II, na primeira mensagem dele após o suposto assassino Ali Agca tentasse mata-lo em maio de 1981, disse, “Por mais de 30 anos, eu tive o privilégio de servir Jesus como um Padre; agora eu O agradeço por me permitir servir a Ele como uma vítima”. Ele também falou, “Com todo meu coração, eu perdoo meu irmão que tentou tirar minha vida”.
Como Jesus estava morrendo na Cruz, além de rezar com o Salmo 22, “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?”, também disse, Lucas 23:34, “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem”. E quando um dos criminosos morrendo na cruz ao lado Dele disse, Lucas 23:42, “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino”.
Jesus respondeu, “Em verdade, em verdade te digo, hoje estarás comigo no Paraíso”. A rica misericórdia de Deus restaura a dignidade humana, mesmo ao mais endurecido dos pecadores, se a pessoa tem a humildade de dizer as palavras, “Sinto muito. Por favor me perdoe”.
Inspirado pelo exemplo de São João Paulo II, implorar para o Senhor Jesus, pela graça necessária para superar o mal do racismo e para construir uma sociedade de Jesus e solidariedade. Pedir ao Salvador misericordioso, pela ajuda para que o preconceito e animosidade não infectem mais as mentes ou envenene os corações, mas serão substituídos com amor que respeita a dignidade de cada ser humano.

Reflexões sobre a Pecaminosidade da Discriminação Racial no Catecismo da Igreja Católica
Refletir sobre a pecaminosidade da discriminação racial à luz do Catecismo da Igreja Católica é mergulhar em uma análise profunda e essencial nos dias atuais. Neste artigo, exploraremos como as escrituras e ensinamentos da Igreja abordam a questão da discriminação racial, destacando a importância da justiça, igualdade e respeito ao próximo.
É fundamental compreendermos como a discriminação racial se contrapõe aos princípios fundamentais da fé cristã, e como podemos, enquanto sociedade e indivíduos, combater essa realidade que fere a dignidade humana. Por meio de reflexões embasadas no Catecismo, buscamos promover a conscientização e promover ações que conduzam a uma sociedade mais justa e fraterna.
Prepare-se para uma jornada de questionamentos e insights sobre uma temática urgente e relevante nos dias atuais.
O que é discriminação racial e como ela afeta nossa sociedade?
A discriminação racial refere-se ao tratamento desigual e injusto de indivíduos com base em sua raça ou etnia. Este fenômeno se manifesta em diversas esferas da vida, incluindo o acesso à educação, ao emprego, à saúde e à justiça. A discriminação pode ocorrer de maneira explícita, como em atos de violência ou insultos raciais, ou de forma mais sutil, como preconceitos enraizados que influenciam decisões e comportamentos cotidianos. Essa prática não apenas fere a dignidade das pessoas afetadas, mas também perpetua desigualdades sociais e históricas que podem ser profundamente enraizadas em uma sociedade.
Além disso, a discriminação racial não se limita apenas à ação de discriminar, mas também envolve uma série de crenças e estereótipos que sustentam essa desigualdade. Muitas vezes, esses preconceitos são alimentados por narrativas históricas que desumanizam determinados grupos e os colocam em posições de desvantagem. A desinformação e a falta de educação sobre as diferentes culturas e experiências de vida também desempenham um papel crucial na perpetuação da discriminação. Reconhecer a discriminação racial é o primeiro passo para combatê-la, e isso exige um esforço coletivo para promover a empatia e a compreensão mútua.
A luta contra a discriminação racial é um desafio contínuo que exige comprometimento individual e coletivo. Em muitas sociedades, as leis podem proibir a discriminação, mas mudar atitudes e comportamentos requer um trabalho mais profundo e abrangente. A educação é fundamental nesse processo, pois ajuda a desconstruir estereótipos e preconceitos que estão arraigados na cultura. Por isso, é essencial que a sociedade promova diálogos abertos e sinceros sobre raça, diversidade e inclusão, criando um espaço onde todos possam ser ouvidos e respeitados.
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A abordagem da discriminação racial no Catecismo da Igreja Católica
O Catecismo da Igreja Católica aborda a dignidade da pessoa humana como um princípio fundamental da fé cristã. Ele enfatiza que todos os seres humanos são criados à imagem e semelhança de Deus, o que implica um valor intrínseco que não pode ser diminuído por razões raciais ou étnicas. Essa visão teológica é crucial para entender o que a Igreja diz sobre a discriminação racial, pois reforça a ideia de que todas as formas de discriminação são contrárias ao plano divino e aos ensinamentos de Jesus Cristo.
A Igreja Católica, ao longo de sua história, tem se pronunciado contra a discriminação racial em diversas ocasiões. Documentos e encíclicas papais têm abordado a questão da igualdade, justiça social e a necessidade de erradicar o racismo. É importante notar que, além das palavras, a prática da Igreja deve refletir esses ensinamentos. Através de iniciativas sociais, programas de inclusão e apoio às comunidades marginalizadas, a Igreja busca ser uma força positiva na luta contra a discriminação racial. A reflexão sobre esses ensinamentos é essencial para que os fiéis possam se engajar ativamente nessa causa.
Além de condenar a discriminação, o Catecismo também incentiva a construção de uma sociedade mais justa e fraterna, onde o respeito mútuo prevaleça. Essa mensagem é particularmente relevante em um mundo que ainda enfrenta tensões raciais. A Igreja convida seus membros a serem agentes de mudança, promovendo a inclusão e a dignidade de todos, independentemente de sua origem. Assim, a compreensão dos ensinamentos do Catecismo em relação à discriminação racial não é apenas uma questão teológica, mas um chamado à ação concreta e à solidariedade.
A importância da reflexão sobre a pecaminosidade da discriminação racial
Refletir sobre a pecaminosidade da discriminação racial é um passo vital para a transformação social. Essa reflexão nos ajuda a entender que discriminar um indivíduo com base em sua raça é não apenas uma falha moral, mas um pecado que fere a própria essência da humanidade. A consciência da gravidade desse pecado nos leva a buscar a conversão pessoal e comunitária, reconhecendo que todos somos responsáveis por promover um ambiente de amor e respeito. A Igreja, como guia espiritual, nos chama a examinar nossos próprios corações e comportamentos, buscando uma mudança que comece dentro de nós.
Além disso, essa reflexão é fundamental para a construção de uma cultura de paz e justiça. Ao reconhecer a discriminação racial como uma violação dos direitos humanos, somos levados a agir em favor dos oprimidos e a lutar contra as estruturas que perpetuam essa injustiça. O reconhecimento da pecaminosidade desse ato nos motiva a educar outros, a promover diálogos e a criar espaços de acolhimento para todos. A conscientização é o primeiro passo para a mudança, e a Igreja deve estar na vanguarda dessa luta, orientando seus fiéis a serem instrumentos de paz.
Por fim, a reflexão sobre a discriminação racial à luz do Catecismo nos ajuda a cultivar um espírito de empatia e solidariedade. Isso implica não apenas em reconhecer as injustiças, mas também em agir em solidariedade com aqueles que são marginalizados. Através de ações concretas, como voluntariado em comunidades carentes e apoio a iniciativas de inclusão social, podemos fazer a diferença. Ao promover a justiça e a igualdade, estamos vivendo a mensagem do Evangelho e cumprindo o chamado de Cristo de amar ao próximo como a nós mesmos. Essa é uma missão que todos devemos abraçar para construir uma sociedade mais justa e fraterna.
Foto de Benjamin Finley na Unsplash
Foto de Viviana Rishe na Unsplash
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