Discordar sobre política sem brigar: a visão católica sobre política e respeito ao próximo
Se tem algo que pode virar um campo minado em reuniões de família ou no grupo da paróquia é: política. Basta surgir um assunto sobre eleições ou governantes para os ânimos esquentarem. Mas, e se te dissermos que é possível discordar politicamente sem cair em brigas, raiva ou julgamentos? Sim! E mais: a Igreja Católica tem muito a ensinar sobre isso.
Neste artigo, vamos mostrar como o católico pode (e deve) exercer sua opinião política com caridade, luz e respeito, baseando-se na Sagrada Escritura, no Catecismo da Igreja e na sabedoria de santos. Bora descomplicar esse assunto? 😉

⚡ O católico e a política: sim, você pode (e deve) se posicionar
A Igreja não nos chama para sermos alienados. Pelo contrário! No Catecismo da Igreja Católica (CIC), nº 2240, lemos:
“O amor e o serviço da pátria devem ser considerados como deveres de gratidão e de ordem.”
Ou seja, participar da vida política, com responsabilidade e consciência, é parte do nosso compromisso cristão. Mas o modo como fazemos isso é fundamental.
🌎 Jesus, o maior exemplo de serenidade, mesmo ao discordar sobre política
Jesus discordou de muitas pessoas: fariseus, saduceus, governantes romanos. Mas nunca o vimos tratando alguém com desprezo. Ele questionava, ensinava, mas sempre com amor firme. Lembra quando Ele disse:
“Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mateus 5,44)?
Sim, isso também vale para aquele parente que vota totalmente diferente de você!
🔄 Como discordar sobre política como um verdadeiro católico?
Aqui vão algumas dicas práticas (e bem-humoradas) para exercitar a caridade política:
💡 1. Escute antes de rebater
Sim, a vontade de retrucar é forte, mas escutar é um ato de humildade. Como diz São Tiago:
“Seja pronto para ouvir, lento para falar e lento para se irar” (Tiago 1,19).
🧠 2. Pratique a empatia (mesmo que dê vontade de gritar)
Tente entender por que a outra pessoa pensa daquele jeito. Cada um tem uma história, medos e esperanças. Isso não justifica erros, mas humaniza o diálogo.
🧳 3. Não idolatre políticos (nenhum deles morreu na cruz por você!)
São João Paulo II alertava: “As ideologias passam, mas a pessoa humana permanece.”
O foco não deve estar em defender um partido como se fosse um dogma, mas em buscar o bem comum.
🫡 4. Cultive a mansidão (mesmo que o sangue ferva)
Jesus nos chamou para sermos “mansos como pombas” (Mt 10,16). A raiva não é argumento. O grito não converte. O desrespeito afasta.
🚩 5. Fuja das armadilhas da fofoca e do cancelamento
São Francisco de Sales dizia: “Uma palavra dita com bondade vale mais que mil discursos inflamados.”
Criticar ideias é válido. Destruir pessoas, jamais.
❤️ Como se livrar da raiva, julgamento e ódio
A raiva é um sentimento humano, mas não pode nos dominar. Veja alguns passos que ajudam:
- 🙏 Reze por quem pensa diferente de você (sim, reze MESMO)
- 🤦 Confesse quando perceber que julgou ou ofendeu
- 🌿 Medite nas bem-aventuranças: “Bem-aventurados os pacificadores” (Mt 5,9)
- 💪 Peça ao Espírito Santo os frutos da paz, paciência e bondade (Gálatas 5,22)
🙏 Conselhos dos santos sobre o respeito ao próximo mesmo ao discordar sobre política
São Paulo VI nos alertava sobre o perigo de “diálogos surdos” e que o cristão deve ser construtor de pontes, não de muros.
Santa Teresa de Calcutá disse: “Se você julga as pessoas, não tem tempo para amá-las.”
São Josémaria Escrivá ensinava: “A verdade é filha do tempo, não da imposição.”
Papa Francisco insiste: “A cultura do encontro está no centro do Evangelho.”
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😊 Conclusão: Discordar sobre política pode, desrespeitar nunca
Em tempos de opiniões inflamadas, o católico é chamado a ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14). Isso inclui ser exemplo de diálogo, escuta e caridade, mesmo nas discussões mais difíceis.
Da próxima vez que surgir um debate político, respire fundo, sorria e lembre-se: você é católico. E isso significa que até sua forma de discordar deve ser santa. 😇
Vamos conversar com firmeza, mas sem perder a ternura, como Cristo nos ensinou. Afinal, a política passa. O amor, não.
Amém?
Foto: http://www.freepik.com/
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