Linchamento virtual, um pecado grave para igreja católica

Rodrigo de Sá Artigos Religiosos Cristãos Jovem católico, deixe seu comentário

Linchamento virtual é um fenômeno que acontece quando alguém é atacado, massacrado, e ofendido por opinião pública não contando com direito de defesa.

Esta situação acontece quando há divulgação massiva das fotos, vídeos, postagens e prints sobre a vítima, como ainda figurinhas de aplicativos, memes, com ofensivo teor, o linchamento virtual.

As execrações, palavras de ódio, humilhações, como ainda ameaças nas redes sociais são proferidas, com chance de ocasionar reais danos à vida privada dos indivíduos.

No resumo, trata-se de ataque virtual massivo para reputação do que é vítima, que sofre condenação real por “tribunal da internet”.

Refere-se, em outras palavras, para prática virtual do boicote aos famosos ou não por determinada violência cometida, ou pelas afirmações moralmente equivocadas consideradas pelo grupo.

Causas do Linchamento Virtual

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No geral, tal comportamento acontece quando uma pessoa personifica um problema social e termina tornando-se “bode expiatório”, de fato como se fosse causa única dos problemas que no geral se mostram de maior complexidade.

Em ambiente virtual, ausência do contato físico entre pessoas envolvidas gera ambiente mais propício para ofensas, já que agressores percebem “proteção” quando atrás da tela, e disparam comentários e opiniões que não fariam de modo pessoal, provavelmente.

Ideia falsa de que existe impunidade online incentiva ainda praticar linchamento virtual.

No entanto, há já leis para proteger vítimas destes ataques, e mesmo delegacias que são especializadas no crime virtual que podem então ser acionadas.

Como Funciona a Cultura do Cancelamento?

No ano de 2017, foi incentivado o movimento #MeToo, pela mobilização das vítimas de abuso sexual e assédio em indústria nos Estados Unidos, do entretenimento, que começava na ocasião de atrizes de Hollywood passarem nas redes sociais, a compartilhar, as histórias delas de assédio sexual a usar esta hashtag. Um movimento que ocasionou em condenar o produtor poderoso Harvey Weinstein, pelo abuso sexual.

No geral, o cancelamento das pessoas famosas, em redes sociais, acontece quando as mesmas tomam posições, ou afirmam algo que não é mais tolerado em sociedade, por vezes associado com racismo, xenofobia, machismo, homofobia, entre mais exemplos.

Tipo de boicote para pessoas, que pode levar ao ostracismo, celebridades normalmente, que de fato compartilharam questionáveis opiniões ou então controversas.

Quais São as Consequências do Cancelamento Virtual?

Se alguém for cancelado, termina condenado para isolamento sem chances de defesa. Inclusive, várias pessoas, praticam cancelamento sem verificar os motivos que provocaram este boicote.

É importante refletir, ao invés da reação de forma agressiva para divergentes opiniões, é ideal conversar sem julgar para compreender o contexto.

Ao oferecer chance de defesa para interlocutores, aumenta assim a chance de compreender razões que levaram para prática da ação que desagradou e até o incentivo para rever estas atitudes.

Efeitos Jurídicos

Na realidade, os efeitos jurídicos existem já para punição dos que extrapolam direito de opinião ou de expressão. Agressão através de meio virtual pode ser tida como ato de difamação ou de injúria.

Instituto da responsabilidade civil pode ocasionar pagamento das indenizações, se os pressupostos gerais estiverem presentes, portanto, a conduta, dano e nexo da causalidade.

Este ponto se mostra em especial relevante às pessoas jurídicas ou físicas que possuem em reputação, nas marcas ou própria imagem, maneira de monetização.

Identificar de onde apareceu o linchamento virtual é o grande problema. Como o linchamento do mundo real, o linchamento virtual segue em turba, dificultando a identificação da origem.

Ao passo que a reação segue à velocidade da luz, vem na maria fumaça a punição judicial para responsáveis. Na tese, de qualquer modo, existem leis suficientes a atingir os infratores todos. O inquérito das fakenews é algo para lembrar aqui.

Excessos da cultura do cancelamento vagarosamente aparecem, especialmente, nas situações em que prejuízos gerados não podem se caracterizar objeto da retratação ou então restituição para status quo ante.

Assim, provedores recebem chamados para elaborar mecanismos coibindo esse tipo de abuso e outros também, identificando e punindo de modo rápido quem fez os ataques.

É espinhoso o caminho, já que passa pelas minúcias mesclando legalidade e liberdade de expressão.

Porém, é um dos modos mais eficazes para enfrentamento deste leviatã da intolerância e de várias caras ideológicas, mesmo ao resgate da origem do cancelamento, sem contar envelopar mais movimentos suscitados pelas causas boas.

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Sem verdade objetiva, as únicas 2 opiniões que este tipo de cultura tem são tolerar e celebrar todo comportamento ou condenar comportamentos que não gostam. Além disso, a cultura do cancelamento não meramente condena comportamentos, condena pessoas.

E isso é possivelmente o coração do que é errado com cancelamentos. Eles não se limitam a apontar ideias e comportamentos perversos, ou sequer meramente não populares.

Eles apontam para pessoas. Como cristãos católicos, condenam certas ideias ou comportamentos como errado ou mal. Consideram certos comportamentos como bons e virtuosos. Mas são proibidos de condenar as pessoas.

E quando os cristãos encontram suas falhas ou de alguém, existe recurso. Podem reconhecer os pecados e pedir por perdão. Há um remédio para quebrantamento e fracasso dos fiéis, e é chamado misericórdia, é chamado de “graça”.

Mas um mundo sem Deus não pode oferecer o que não tem. E o mundo escolheu se moldar como um mundo sem Deus, que levou a um mundo sem graça. Todos emitem “correções” sutis para pessoas ao redor.

E todos recebem inúmeras destas correções. A cada vez que reconhecem agradavelmente alguém que sorri de volta, estão afirmando um comportamento particular. A cada vez que vira os olhos em aborrecimento, está expressando descontentamento.

Mas esta é “correção”, não “cancelamento”. E há uma diferença. Como cristãos, as pessoas oferecem correção com base em um padrão objetivo que transcende mera preferência ou utilidade.

E devem continuar a estender a oferta de graça e restauração para todos que estão desejando aceitar.

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