Os jovens católicos têm um papel crucial na promoção de uma mobilidade sustentável no planeta, tanto em termos de práticas diárias quanto no engajamento em iniciativas sociais mais amplas. A mobilidade sustentável não se refere apenas ao uso de meios de transporte ambientalmente mais responsáveis, mas também a uma mudança de mentalidade em relação ao consumo de recursos e à forma como nos relacionamos com o meio ambiente e com os outros.
A relação dessa questão com a Campanha da Fraternidade 2025, cujo tema pode abordar questões ambientais e sociais (embora o tema exato ainda não tenha sido revelado oficialmente), provavelmente estará alinhada com o Cuidado com a Casa Comum, um conceito central na Encíclica Laudato Si’ do Papa Francisco, que é um grande guia para as ações da Igreja em questões ecológicas. Esse conceito enfatiza a responsabilidade global de todos, incluindo os jovens, de cuidar do planeta e de buscar soluções que promovam a sustentabilidade e o bem-estar das futuras gerações.
Aqui estão algumas maneiras de como os jovens católicos podem contribuir para a mobilidade sustentável e como isso se conecta com a mensagem da Campanha da Fraternidade 2025:

1. Adotar Transporte Sustentável
– Uso de bicicletas e transporte público: Ao optar por bicicletas ou transporte público, os jovens podem ajudar a reduzir a emissão de poluentes e o consumo de recursos naturais, especialmente em áreas urbanas. Isso está em sintonia com o apelo de cuidar da criação e buscar formas de reduzir os impactos ambientais da vida cotidiana.
– Caronas e veículos elétricos: Organizar caronas solidárias ou usar veículos elétricos ou híbridos são alternativas que ajudam a diminuir a pegada de carbono.
2. Defesa da Mobilidade Acessível e Inclusiva
– Incentivar políticas públicas: Os jovens católicos podem se engajar em advocacia para a implementação de políticas de mobilidade sustentável, como o desenvolvimento de infraestrutura para bicicletas, o incentivo ao uso de transporte público, e a criação de zonas verdes nas cidades.
– Solidariedade e inclusão: Como a mobilidade é também uma questão de justiça social, os jovens podem defender o direito das pessoas em situação de vulnerabilidade de ter acesso a meios de transporte acessíveis, seguros e baratos.
3. Consciência e Educação Ambiental
– Educação para o cuidado ambiental: Os jovens podem ser agentes de mudança, promovendo campanhas de conscientização sobre os impactos negativos da mobilidade poluente (como os carros a combustão) e mostrando alternativas sustentáveis. Isso está em sintonia com os ensinamentos de Laudato Si’, que encoraja os fiéis a educarem-se e educar os outros sobre como as escolhas cotidianas afetam o meio ambiente.
– Promoção de hábitos de consumo sustentável: Além da mobilidade, os jovens podem se engajar em práticas mais amplas de consumo sustentável e redução de desperdício para minimizar a pegada ambiental.
4. O Princípio da Solidariedade
– Impacto sobre os mais pobres: O Papa Francisco e as encíclicas pontuam frequentemente a necessidade de não sobrecarregar as populações mais vulneráveis com os danos causados pelas ações humanas no meio ambiente. No contexto da mobilidade sustentável, isso implica garantir que as soluções de transporte ecológico não sejam exclusivas das classes mais altas, mas acessíveis para todos.
– Justiça social: O movimento jovem pode promover a ideia de que a sustentabilidade deve ser também uma questão de justiça social, pois as populações mais empobrecidas são muitas vezes as mais afetadas por problemas como poluição do ar e falta de transporte público acessível.
5. Engajamento com a Igreja e as Comunidades
– Campanhas na Igreja e nas paróquias: Durante a Campanha da Fraternidade 2025, os jovens católicos podem organizar ações que promovam a mobilidade sustentável nas paróquias e em comunidades, como seminários, grupos de reflexão e atividades práticas como a troca de caronas ou o incentivo ao uso de meios de transporte menos poluentes.
– Ações concretas nas comunidades locais: Eles podem realizar limpezas de áreas verdes, promover o plantio de árvores e criar hubs de caronas nas suas comunidades.
6. Redução da Pegada de Carbono
– Estilo de vida mais simples: A simplicidade voluntária é um tema forte no pensamento católico, especialmente em relação ao cuidado com o meio ambiente. Os jovens podem adotar práticas mais simples de transporte, como andar a pé, andar de bicicleta e usar transporte público, reduzindo a dependência de carros privados.
– Campanhas de redução de emissões: Os jovens católicos podem engajar-se em campanhas que incentivem a redução de emissões de carbono, não só no transporte, mas também em outros setores da vida cotidiana, como o uso de energia e consumo de alimentos.
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7. Inspiração de Laudato Si’
– Cuidar da casa comum: A Encíclica Laudato Si’ do Papa Francisco enfatiza a importância de cuidar da Terra e adotar práticas que ajudem a preservar o meio ambiente para as futuras gerações. A mobilidade sustentável é uma forma prática de vivenciar esse ensinamento, pois busca equilibrar as necessidades de transporte com o respeito ao planeta e aos recursos naturais.
8. Promoção de Tecnologias Sustentáveis
– Inovação e novas soluções: Os jovens também podem estar na vanguarda de novas soluções tecnológicas para a mobilidade sustentável, apoiando iniciativas como veículos elétricos, compartilhamento de carros, e a implementação de smart cities que integrem transporte público eficiente, sustentável e de baixo impacto ambiental.
Conclusão:
A Campanha da Fraternidade 2025 provavelmente chamará a atenção para temas de justiça social, meio ambiente e mobilidade sustentável, refletindo os desafios globais que estamos enfrentando em relação às mudanças climáticas e à desigualdade social. Os jovens católicos, como uma parte vital da Igreja, podem desempenhar um papel central não apenas ao adotar práticas pessoais de transporte sustentável, mas também ao promover a conscientização e a ação ao nível comunitário e global, de acordo com os princípios de solidariedade, justiça e cuidado com a casa comum. Ao fazer isso, eles ajudam a moldar um futuro mais justo e sustentável para todos.
Foto de Marianna Lutkova na Unsplash