Desde idade jovem, os católicos são ensinados a rezar sobre e discernir suas vocações, se são chamados para casamento, vida religiosa, para sacerdócio, ou vida solteiro consagrado.
Isso pode deixar a pessoa solteira leiga sentindo que está em espécie de limbo vocacional, e se torna um assunto de debate no mundo católico, “estas pessoas perderam sua vocação?”, “o estado de solteiro leigo, escolhido ou por à revelia é uma vocação?”.
Padre Ben Hasse é um diretor de vocações para Diocese de Marquette. Ele disse que abordar o tema de solteirice na Igreja pode ser difícil, por causa das emoções cercando a questão.
“Eu tenho alguns amigos que gostariam de se casar, assim há um investimento muito mais emocional na questão, porque há mais pessoas que se encontram solteiras”, ao invés de ter especificamente escolhido isso, ele disse.
Reconhecendo o peso emocional do assunto, Padre Hasse notou que há muitos aspectos para tratar a questão da vocação e solteirice que necessitam ser revelados em conta, e que isso pode ser difícil e perigoso, para fazer generalizações sobre uma população na Igreja que é realmente muito diversa.
Ser Específico Sobre Vida de Solteiro (a)
Padre Hasse disse que ele descobriu que é útil como um pastor abordar o solteiro e solteira muito especificamente, se for um estudante universitário que espera casar algum dia, ou uma viúva que perdeu seu marido no último mês, ser solteiro abrange grande variedade de pessoas e circunstâncias.
Ele falou, “Todos serão solteiros por ao menos parte da sua vida. Ninguém nasce como um padre ou casado com alguém ou um religioso consagrado, assim todos passarão através da vida solteira”.
“É importante distinguir entre pessoas que são solteiras porque é assim que está quando tem 16 anos, versus alguém que realmente sentiu Deus o chamando para oferecer sua vida em serviço da Igreja como pessoa solteira”, ou várias outras circunstâncias.
Por exemplo, um estudante universitário solteiro de 19 anos não está provavelmente vivendo uma vocação de solteirice de maneira estabelecida, disse o Padre Hasse, mas uma pessoa na casa dos 40 que encontra alegria em servir Cristo em suas circunstâncias cotidianas de trabalho e vida “não é alguém que eu diria que carece de vocação”.
“Seria diferente da forma que nós geralmente usamos a palavra, porque não seria definido, e feito concreto pelos votos ou promessas”, ele falou. “Mas o contador ou professor de escola solteiro poderia certamente viver sua vida e ver o trabalho de suas mãos como algo que estão oferecendo para Deus, e viver isso em cada forma espiritualmente frutífera, e eu não diria, ‘agora aqui está uma pessoa sem uma vocação’”.
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Vocação É Dada ao Fiel no Batismo
Jason Coito, Coordenador do Ministério de Jovens Adultos da Arquidiocese de Los Angeles, disse para CNA que a maioria dos debates acerca da solteirice e vocação se baseia “em uma definição muito estreita de vocação, ou confunde o termo com o que nós referimos como ‘estados na vida’”.
Ele disse que quando as pessoas se tornam fixadas sobre discernir o próprio estado na vida, referida na Igreja como vocação primária, “… nós nos tornamos tão focados em ranqueá-los, ao invés de olhar para cada dia ou quadro maior e dizer, aqui estão todos estes componentes da minha vida, agora como eu sou chamado para viver a promessa do meu batismo e da minha vida, e como estas coisas funcionam juntas?”.
Isso pode ser útil, ao invés de focar nestes debates e conversas sobre vocação universal para santidade que cada cristão recebe no seu batismo, Coito falou. “Eu acho que isso ajuda a reformular a conversa e então pergunta a nós, ‘Como Deus está me chamando para fazer uma resposta a Ele e para meus irmãos e irmãs do estado na vida em que eu me encontro?’”.
Isso respeita toda vocação, porque é uma questão que qualquer um pode responder em qualquer dia da sua vida, independente de seu estado na vida, ele disse. “Você tem uma vocação. Todos os católicos batizados são chamados a viver suas vidas como discípulos de Jesus. Isso é o chamado fundamental de nossas vidas como católicos”, ele falou.
O que a Igreja Tem a Dizer Sobre Pessoas Solteiras?
Papa João Paulo II, que desejava ser conhecido como “Papa da família”, escreveu em seu documento familiar, “FamiliarisConsortio” que aqueles sem uma família devem ser capazes de encontrar sua família na Igreja. Na realidade, a seção inteira final deste documento é dedicada para pessoas solteiras.
Este é um assunto com o qual João Paulo II teria sido intimamente familiar, aos 20 anos, toda sua família imediata na Terra havia falecido, e ele se cercou de bons amigos que essencialmente se tornaram sua família.
No documento, ele escreveu: “Para aqueles que não têm família natural, as portas da grande família que é a Igreja – a Igreja que encontra expressão concreta na família diocesana e paroquiana, nas comunidades eclesiais básicas e nos movimentos do apostolado – devem ser abertos ainda mais. Ninguém está sem uma família nesse mundo: a Igreja é o lar e família para todos, especialmente aqueles que ‘estão cansados e oprimidos’”.
O Catecismo da Igreja Católica também reconhece “o grande número de pessoas solteiras que, por causa de circunstâncias particulares em que elas têm que viver, muitas vezes sem escolha, são especialmente próximas do coração de Jesus e assim merecem o carinho especial e solicitude ativa da Igreja, especialmente dos pastores”, CCC 1658.
O que Paulo Fala Sobre o Solteiro (a)?
A diferença entre solteirice e celibato. Solteirice é circunstancial, acontece para pessoas por todos os tipos de razões, não ser capaz de encontrar alguém, morte do esposo, situações familiares difíceis, dificuldades financeiras ou médicas. E a lista segue. O celibato, por outro lado, é uma vocação. É um dom raro que Deus garante apenas para algumas pessoas especiais.
Paulo não faz rodeios a este respeito, 1 Coríntios 7:8-9, “Digo, porém, aos solteiros e às viúvas. É bom que permaneçam como eu. Mas, se não conseguem controlar-se, devem casar-se, pois é melhor casar-se do que ficar ardendo de desejo.”.
A aplicação prática? Se for solteiro e não estiver convencido que tem um chamado claro para vida de celibato, deve pensar seriamente sobre explorar a opção de casamento. Objetivamente, os fiéis não podem saber de antemão se o casamento ou solteirice santificará os mesmos mais ou honrará mais a Deus.
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Carioca, nascido e criado no Rio de Janeiro, e Católico Apostólico Romano desde de sempre. Sou devoto de São Bento e ativo em movimentos da Igreja Católica desde a adolescência, fundei o site Jovens Católicos em 2016 com objetivo de mostrar tudo o que envolve as maravilhas da fé católica.
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