A infantilidade genuína não é algo que pode adquirir por si. É uma graça que se deve pedir, e uma que o Pai deseja oferecer aos fiéis. E isso é muito diferente da criancice, ser um católico mimado, a imaturidade.
As pessoas que são mimadas, de fato são imaturas, demandam que seja tudo da forma que elas desejam, têm pouco ou nenhum controle de si, podem apenas ver as coisas da sua perspectiva egoísta e muito defensiva, e faltam de julgamento racional, o católico mimado.
Todos têm católicos mimados nas suas vidas, e vale atenção para não ter este comportamento na própria vida e alterar o comportamento. As pessoas com a inocência, infantilidade genuína são maduras, mas não complicadas, capazes de exercitar o autocontrole, se comprometer e encontrar soluções racionais, considerar o ponto de vista do outro, e são capazes de julgamento racional e decisões responsáveis.

E Espiritualmente?
Quando se trata da espiritualidade, os católicos mimados fazem demandas para Deus, são convencidas que sabem mais do que Ele, e constantemente se rebelam contra a vontade Dele.
Já os semelhantes aos pequeninos enxergam Deus como Pai, estão dispostos a seguir a vontade Dele, e confiam na sabedoria de Deus.
Percebem sua “pequenez” diante de Deus e têm uma fé descomplicada Nele.
Dito isso, é muito melhor ser como os pequeninos do que um católico mimado. O Senhor falou fortemente sobre ser como as crianças, mesmo indo tão longe a dizer para os seguidores Dele que, sem isso, não chegarão ao céu.
Mateus 18:1-5, “Naquela mesma hora chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o maior no reino dos céus? E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus. E qualquer que receber em meu nome um menino, tal como este, a mim me recebe.”.
Verdade, Jesus está falando sobre crianças reais nesta passagem, mas Ele também está apontando suas qualidades como um exemplo para adultos. “… se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos”, Ele falou. A menos que os fiéis se tornem como os pequeninos, não passarão pelos portões do céu.
O Senhor está pedindo para ter fé de criança, que é descomplicada, despretensiosa e abrangente, muito diferente de ser um católico mimado. As pessoas mimadas são propensas para ansiedade, e ansiedade pode levar a todos os tipos de perigos.
O Problema da Ansiedade
Há uma citação intrigante em um livro. O livro é uma compilação de palestras proferidas por Padre Joseph Kentenich, Servo de Deus e fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt.
“Ansiedade é, acima de tudo, um sintoma da nossa época presente. Assim, é uma experiência interior típica do homem moderno. Todos nós sabemos disso ou da nossa experiência, ou de outros. Nós estamos vivendo em um período de tremendos terremotos espirituais e intelectuais. A ordem social que nós estamos acostumados está ameaçada. O que tinha uma forma firme e definida ontem, ameaça desaparecer no nada amanhã. Nós não sabemos o que o futuro tem para nós. Nós estamos absolutamente incertos sobre o presente e futuro. A insegurança e ansiedade prevalecem aonde nós formos”.
Interessante que Padre Kentenich falou estas palavras nos anos 1960. Quanto mais verdadeiras são hoje! O remédio é a pequenez como as crianças, a simplicidade, e isso é um dom do Espírito Santo, segundo Padre Kentenich.
Uma pessoa realmente simples não é abalada pelo que está acontecendo ao redor dela; é segura no amor do Pai e tem total confiança na sabedoria Dele.
A criança, na sua maneira simples e amável, está contente em deixar o Pai guia-la, não importa o que isso implique.
A pequenez das crianças não é algo que se pode adquirir por si, trata-se de graça que se deve pedir, e aquela que o Pai está muito desejando dar para a humanidade.
Católico mimado NÃO respeita Deus e sua vontade
Observar alguns sinais vitais espirituais é importante, sobre não ser um católico mimado, portanto, medir a própria maturidade espiritual.
Quem é Deus para si? Para o católico maduro, a Confissão é uma conversa íntima com o Senhor que nunca se cansa de perdoar.
É um abraço alegre; uma vinda para casa novamente, como o Filho Pródigo. Um católico maduro reconhece Deus como o “Pai perfeito”, um Pai que no amor-perfeito encoraja os filhos Dele a buscar ser a melhor versão deles como podem ser.
E sobre a vontade de Deus? O católico imaturo vê seguir os ensinamentos morais de Cristo e Igreja como um fardo; é como seguir uma lista de regras inconvenientes e aleatórias. Já o católico maduro é motivado pelo amor puro.
Para estes, fazer a vontade de Deus é alegria absoluta. Por quê? Porque vivem para agradar Aquele que amam. E o que os fiéis são, como filhos de Deus? O católico imaturo tem prazer em criticar aqueles que sentem serem menos fiéis e apontam suas falhas.
Já o maduro é “misericordioso” e vê cada pessoa como um irmão ou irmã, e os trata com respeito incondicional, sempre dando a eles o benefício da dúvida, seja presente ou ausente. 1 Coríntios 13:4-5, “O amor é paciente, o amor é bondoso.
Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.”.
Como Cultivar uma Fé Resiliente e Autêntica: Dicas para Não se Tornar um Católico Mimado
Cultivar uma fé resiliente e autêntica é essencial para fortalecer a sua espiritualidade e manter-se firme diante dos desafios cotidianos. Vamos explorar aqui dicas valiosas para não cair na armadilha de se tornar um católico mimado. A jornada da fé requer disciplina, questionamentos e uma conexão genuína com suas crenças na fé católica, e é exatamente isso que vamos abordar aqui.
É fácil se acomodar em uma prática religiosa superficial, sem se aprofundar verdadeiramente nos ensinamentos e propósitos da sua fé. Por isso, vamos compartilhar orientações práticas para cultivar uma fé sólida e significativa, que resistirá às adversidades e fortalecerá o seu relacionamento com Jesus Cristo.
Prepare-se para desafiar suas próprias convicções e explorar novas maneiras de vivenciar a sua fé católica de forma profunda e autêntica. Vamos juntos descobrir como manter uma fé sólida, sem cair na armadilha de se tornar um católico mimado, frágil e que reclama de tudo.
Como evitar se tornar um católico mimado
Cultivar uma fé profunda e autêntica é um chamado constante para todos nós. No entanto, muitos católicos enfrentam o risco de se tornarem “mimados” em sua espiritualidade, onde a prática religiosa se torna uma mera formalidade e não um verdadeiro compromisso. Para evitar essa armadilha, é fundamental estar ciente dos sinais que indicam que você pode estar se acomodando em uma fé superficial. Isso pode incluir a oração apenas em momentos de necessidade, a ausência de reflexão sobre a própria vida espiritual e a falta de envolvimento na comunidade.
Para evitar esse estado de complacência, é importante estabelecer uma rotina de oração que vá além das orações tradicionais. Isso pode incluir momentos de meditação, leitura de textos sagrados e reflexão sobre a vida de Jesus. A oração deve ser um diálogo contínuo com Deus, onde você não apenas fala, mas também ouve. Essa prática ajuda a desenvolver uma conexão mais profunda e a evitar a mentalidade de que a fé é apenas uma lista de obrigações a serem cumpridas.
Além disso, é essencial cultivar uma atitude de gratidão e serviço. Muitas vezes, a falta de envolvimento na comunidade pode levar a uma percepção distorcida da fé. Ao se envolver em atividades voluntárias e ajudar os necessitados, você começa a entender a verdadeira essência do cristianismo, que é o amor e a compaixão. O serviço aos outros não apenas fortalece sua fé, mas também o ajuda a evitar uma mentalidade egoísta e mimada.
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Mantendo uma fé resiliente e autêntica para não se tornar um católico mimado
A resiliência na fé é um aspecto crucial para evitar a superficialidade espiritual. Para cultivar essa resiliência, é necessário enfrentar os desafios e as dúvidas que surgem ao longo da jornada. Em vez de evitar as dificuldades, encare-as como oportunidades de crescimento. Quando você se depara com uma crise de fé ou um momento de dúvida, é importante não se afastar, mas buscar respostas e esclarecimentos. Isso pode ser feito através da leitura de obras teológicas, conversas com líderes espirituais ou participação em grupos de discussão.
Outra maneira de fortalecer sua fé é através da comunidade. A Igreja não é apenas um lugar de culto, mas uma família espiritual onde os membros se apoiam mutuamente. Participar de grupos de jovens, estudos bíblicos ou retiros espirituais pode ser uma excelente maneira de aprofundar sua compreensão da fé e de se conectar com outras pessoas que compartilham dos mesmos valores. A troca de experiências e testemunhos pode ser extremamente enriquecedora e inspiradora.
Além disso, a prática dos sacramentos é fundamental para manter uma fé autêntica e resiliente. A Eucaristia e a Confissão, por exemplo, são fontes de graça que fortalecem nossa relação com Deus. Ao participar ativamente desses sacramentos, você se coloca em um caminho de renovação espiritual e de compromisso com os ensinamentos da Igreja. Isso ajuda a criar uma base sólida que resiste às tempestades da vida, evitando que você se torne um católico mimado que apenas busca conforto, mas não se compromete verdadeiramente com sua fé.
Exemplos inspiradores de santos católicos com uma fé resiliente e que não sucumbiram aos desafios
Ao longo da história, muitos santos católicos nos deixaram exemplos de fé resiliente que podem nos inspirar em nossa própria jornada espiritual. Um desses exemplos é Santa Teresa de Lisieux, conhecida como a “Pequena Flor”. Desde jovem, ela enfrentou diversas adversidades, incluindo a perda de sua mãe e problemas de saúde. No entanto, sua fé nunca vacilou. Ela nos ensina que a verdadeira espiritualidade não está em grandes feitos, mas na simplicidade e na confiança total em Deus.
Outro santo que exemplifica a resiliência é São Francisco de Assis. Ele abandonou uma vida de riqueza e conforto para viver em pobreza e humildade, dedicando-se ao serviço dos mais necessitados. Sua vida é um testemunho de como a fé pode ser vivida de maneira autêntica, sem se deixar levar pelas comodidades da vida moderna. Francisco nos mostra que a verdadeira alegria e paz vêm do desprendimento e do amor ao próximo.
Por fim, podemos citar São João Paulo II, que enfrentou desafios imensos, desde a ocupação nazista na Polônia até a luta contra o comunismo. Sua fé inabalável e coragem diante das adversidades servem como um poderoso lembrete de que a resiliência é uma característica vital na vida de um católico. Ele nos ensinou que a oração, a esperança e a ação são essenciais para viver uma fé autêntica, mesmo nos tempos mais sombrios.
Foto de Marco Aurélio Conde na Unsplash
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