Segundo o Catecismo da Igreja Católica, os dez mandamentos devem ser compreendidos como um caminho de vida.
Desta forma, os dez mandamentos se caracterizam normas que focam em vivência da liberdade, esta dos filhos de Deus, indicando condições da vida livre da escravidão do pecado.
Quais São os Dez Mandamentos da Lei de Deus?
Os 10 mandamentos de Deus servem a ensinar para pessoas a real humanidade do homem, e ainda, são capazes de iluminar deveres essenciais.
E assim, de forma indireta, os diretos humanos fundamentais, que são inerentes para natureza do indivíduo humano.
Os 10 mandamentos de Deus:
- – Amar a Deus sobre todas as coisas.
- – Não tomar seu Santo nome em vão.
- – Guardar Domingos e festas de guarda.
- – Honrar pai e mãe.
- – Não matar.
- – Não pecar contra a Castidade.
- – Não furtar.
- – Não levantar falso testemunho.
- – Não desejar a mulher do próximo.
- – Não cobiçar as coisas alheias.
Os 10 mandamentos da Lei de Deus são úteis para vida das pessoas, já que o pecado deixou a luz da razão obscurecida, e ainda criou desvio de vontade.
O Catecismo afirma isso, a citar São Boaventura, o monge franciscano presente no século XIII.
São atuais os 10 mandamentos, e aponta o Catecismo que “são obrigações” graves. Portanto, o descuido em viver estes, dispõe matérias que necessitam ser confessadas ao fazer exame de consciência próprio.
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Compreendendo os Dez Mandamentos da lei de Deus
Há 2 versões dos 10 mandamentos da Lei de Deus. Enquanto ambas seguem o texto encontrado em Êxodus 20: 1-17, elas dividem o texto de forma diferente para fins de numeração.
A versão abaixo é a usada pelos católicos, ortodoxos e luteranos. A outra versão é usada pelos cristãos nas denominações calvinista e anabatista.
Na versão não católica, o texto do Primeiro Mandamento dado aqui é dividido em 2.
As primeiras 2 sentenças são chamadas de Primeiro Mandamento, e as 2 sentenças próximas são chamadas de Segundo Mandamento.
O resto dos mandamentos são renumerados de acordo, e o nono e décimo mandamentos dados aqui são combinados para formar o Décimo Mandamento da versão não católica.
O Primeiro dos Dez Mandamentos – Amar a Deus Sobre Todas as Coisas
O Primeiro Mandamento lembra que há apenas um Deus, e que a adoração e honra pertence a Ele apenas. “Deuses estranhos” se refere, primeiro, para ídolos, que são deuses falsos.
Por exemplo, os israelitas criaram um ídolo de um bezerro dourado, que eles adoravam como um deus, enquanto esperando por Moisés para retornar do Monte Sinai com os 10 Mandamentos.
Mas “deuses estranhos” também apresenta então um significado mais amplo.
As pessoas adoram deuses estranhos quando colocam qualquer coisa na vida antes de Deus, se isso for uma pessoa, ou dinheiro, ou entretenimento, ou honra pessoal e glória. Todas as coisas boas surgem de Deus.
Se as pessoas amam ou desejam aquelas coisas em si, no entanto, e não porque são presentes de Deus que podem ajudar a levar as pessoas a Ele, as pessoas colocam elas acima de Deus.
O Segundo Mandamento – Não Tomar Seu Santo Nome em Vão
Há 2 caminhos principais em que as pessoas podem usar o nome de Deus em vão. Primeiro por usar em uma maldição ou de uma maneira irreverente, como na piada.
E segundo, por usar em juramento ou promessa que não pretendem manter. Em ambos os casos, as pessoas não mostram a Deus reverência e honra que Ele merece.
O Terceiro Mandamento – Guardar Domingos e Festas de Guarda
Na Lei Antiga, o dia de sábado era o sétimo dia da semana, o dia em que Deus descansou após criar o mundo e tudo o que havia nele.
Para cristãos sob a Nova Lei, o domingo, o dia em que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos e o Espírito Santo desceu sobre a Santíssima Virgem Maria e os Apóstolos no Pentecostes, é o novo dia de descanso.
As pessoas mantêm o domingo sagrado, por separá-lo para adorar Deus e evitar todo trabalho desnecessário. As pessoas fazem o mesmo para Dias Santos de Obrigação, que têm o mesmo status na Igreja Católica como os domingos.
O Quarto Mandamento – Honrar Pai e Mãe
As pessoas honram o pai e mãe por tratá-los com respeito e amor que são devidos. E devem obedecê-los em todas as coisas, desde que o que digam a fazer seja moral.
As pessoas têm o dever de se importar com eles em seus últimos anos, já que eles se importaram quando os filhos eram mais jovens.
O Quarto Mandamento se estende além dos pais, para aqueles que estão em autoridade legal sobre si, por exemplo, professores, pastores, funcionários do governo e empregados.
Enquanto pode não amá-los da mesma forma que se ama os pais, as pessoas ainda são exigidas a honrá-los e respeitá-los.
O Quinto Mandamento – Não Matar (Um dos Dez mandamentos importantíssimos)
O Quinto Mandamento proíbe assim todo assassinato ilegal dos seres humanos.
Matar é legal sob certas circunstâncias, como auto-defesa, o julgamento de uma guerra justa, e a aplicação da pena de morte por autoridade legal em resposta a um crime muito grave.
Assassinato, a tomada da vida humana inocente, nunca é legal, e nem é o suicídio, tirar a própria vida.
Como o Quarto Mandamento, a busca pelo Quinto Mandamento é mais ampla do que pode parecer de início.
Causando dano deliberado a outros, seja em corpo ou em alma, é proibido, mesmo se tal dano não resulta em morte física ou destruição da vida da alma por levar ao pecado mortal.
Abrigando raiva ou ódio contra outros é da mesma forma uma violação do Quinto Mandamento.
O Sexto Mandamento – Não Pecar Contra a Castidade
Como com o Quarto e Quinto Mandamentos, o Sexto Mandamento se estende além do significado rigoroso da palavra adultério.
Enquanto este mandamento proíbe relações sexuais com a esposa ou marido de outro, ou com outra mulher ou homem, se a pessoa for casada, também demanda evitar toda impureza e imodéstia, física e espiritual.
Ou, olhar para isso de uma direção oposta, este mandamento exige ser casto, isso é, restringir todos os desejos sexuais ou imodestos que caem fora do lugar apropriado dentro do casamento.
Isso inclui ler ou olhar para material imodesto, como pornografia, ou se envolver em atividade sexual solitária como masturbação.
O Sétimo Mandamento – Não Furtar
Roubar toma muitas formas, incluindo muitas coisas que as pessoas normalmente não pensam como roubo.
O Sétimo Mandamento, amplamente falando, exige agir justamente com respeito aos outros. E a justiça significa dar a cada pessoa o que é devido.
Assim, por exemplo, se emprestar algo, as pessoas precisam devolver, e se empregar alguém para um trabalho e ele o fizer, é necessário pagar essa pessoa com o que disse que faria.
Se alguém oferece para vender um item valioso por um preço muito baixo, as pessoas precisam se certificar que o outro sabe que o item é valioso.
E se souber, é necessário considerar se o item pode realmente ser dele para vender.
Até tais ações aparentemente sem dano como trapacear em jogos são uma forma de roubo, porque as pessoas pegam algo, a vitória, não importa quão bobo ou insignificante possa parecer, de alguém mais.
O Oitavo Mandamento – Não Levantar Falso Testemunho
O Oitavo Mandamento segue o Sétimo não apenas em número, mas logicamente. Dar falso testemunho é mentir, e quando as pessoas mentem sobre alguém, prejudicam sua honra e reputação.
Ou seja, em um sentido, uma forma de roubo, tomar algo de alguém que se mente sobre, o bom nome da pessoa. Tal mentira é conhecida como calúnia.
Mas as implicações do Oitavo Mandamento seguem além. Quando se pensa mal de alguém sem ter uma razão para fazer isso, as pessoas se envolvem em julgamento precipitado.
Não está dando para essa pessoa o que é devido, ou seja, o benefício da dúvida. Quando se envolve em fofoca ou conversa maliciosa, não dá para pessoa que é falada uma chance de se defender.
Mesmo se o que disser sobre o outro for verdadeiro, pode estar se envolvendo em detração, isto é, dizendo pecados de outro para alguém que não tem direito de saber aqueles pecados.
O Nono Mandamento – Não Desejar a Mulher do Próximo
O antigo presidente Jimmy Carter uma fez famosamente disse que ele tinha “cobiçado em seu coração”.
Lembrando as palavras de Jesus em Mateus 5:28: “todos que olham para uma mulher com luxúria já cometeu adultério com ela em seu coração”.
Cobiçar a esposa ou marido de outra pessoa significa entreter pensamentos impuros sobre aquele homem ou mulher.
Mesmo se uma pessoa não atua em tais pensamentos, mas simplesmente os considera para prazer privado, isso é uma violação do Nono Mandamento.
Se tais pensamentos surgem involuntariamente, e tenta os tirar da mente, no entanto, isto não é um pecado.
O Nono Mandamento pode ser visto como uma extensão do Sexto. Onde a ênfase no Sexto Mandamento é na atividade física, a ênfase no Nono Mandamento é no desejo espiritual.
O Décimo Mandamento – Não Cobiçar as Coisas Alheias
Como o Nono Mandamento se expande para o Sexto, o Décimo Mandamento é uma extensão da proibição do Sétimo Mandamento em roubar.
Cobiçar a propriedade do outro é desejar tomar a propriedade sem causa.
Isso pode também tomar a forma de inveja, de se convencer que a outra pessoa não merece o que ela tem, especialmente se o indivíduo não tem o item desejado em questão.
Mais amplamente falando, o Décimo Mandamento significa que as pessoas devem ser felizes com o que têm, e felizes por outros que têm bens de si.
Foto de William Gullo na Unsplash
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Gostei muito! Bastante esclarecedor.
Mas gostaria de fazer um alerta com relação às citações bíblicas. Na citação católica após o capítulo usa-se a vírgula. Por exemplo: Mateus 5:28 (o correto seria Mateus 5, 28).
Êxodus 20: 1-17 (o correto Êxodo 20, 1 – 17).