Jovens católicos podem fazer doação de sangue, o que diz a igreja católica, é considerado um gesto de caridade

Católico pode fazer doação de sangue, o que diz a igreja católica

Rodrigo de Sá Artigos Religiosos Cristãos 1 Comment

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Os católicos enxergam a doação de órgão e tecido como um ato de caridade e amor, assim o católico deve doar sangue. Transplantes são moralmente e eticamente aceitáveis ao Vaticano. Logo, a Doação de Sangue é sim um ato de caridade para com o seu irmão.

Segundo padre Leroy Wickowski, diretor do Escritório de Assuntos de Saúde da Arquidiocese de Chicago, por exemplo, “Nós encorajamos doação como um ato de caridade. É algo bom que pode resultar da tragédia e uma maneira de familiares encontrarem conforto por ajudar outros”. O Papa Francisco disse, “Doação de órgão é um testemunho de amor para o próximo”.

Doação de sangue pode ajudar a salvar a vida de outra pessoa, daí a importância de doar sangue. Após doar, o sangue é processado e separado em seus poucos componentes principais, ou seja, glóbulos vermelhos, plaquetas e plasma.

Em um ambiente hospitalar, o sangue do doador pode ser usado por alguém que precisa de uma transfusão. Isso inclui vítimas de acidente de carro, vítimas de queimadura, mulheres que deram à luz, ou pessoas que têm algum tipo de distúrbio sanguíneo como anemia ou doença falciforme.

Ao doar sangue, o doador pode também ser capaz de ajudar alguém que tem câncer e está enfrentando um período cansativo de tratamentos e visitas ao hospital intermináveis. Mesmo se o sangue estiver congelado e armazenado, poderia ser usado em qualquer momento por alguém que precisa dele.

Papa Diz que a Vida Vai ser Julgada por Atos de Caridade

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O Papa Bento XVI disse que as vidas das pessoas serão julgadas não em base dos ideais abstratos, mas nos atos concretos de caridade.

Em uma conversa com grupos italianos voluntários que oferecem ajuda médica e programas de doação de sangue, o Papa disse que organizações estavam ajudando a espalhar o “Evangelho do amor de Deus para todas as pessoas”.

Citando o Evangelho de São Mateus, ele lembrou que quando Cristo falou do juízo final ele disse que as pessoas seriam perguntadas se alimentaram quem tinha fome, deram de beber a quem tinha sede, deram boas-vindas para o estranho, e abriram seus corações aos necessitados.

“Em uma palavra, Deus no juízo final vai nos perguntar se nós amamos não de uma maneira abstrata, mas com atos concretos. No final da vida, como São João da Cruz gostava de repetir, nós seremos julgados pelo amor”, disse o Papa.

Na era contemporânea marcada por tantos desafios humanos e espirituais, é especialmente necessário para cristãos proclamarem o amor misericordioso de Deus, com boas ações, ele disse.

E falou que enquanto muitas pessoas hoje não acham fácil acolher Cristo e seus ensinamentos exigentes, são muito sensíveis parao testemunho concreto da caridade pelos cristãos. “Amor é uma linguagem que vai diretamente no coração e o abre com confiança”, ele disse.

Entre os presentes à audiência papal estavam membros da Confederação Nacional da Misericórdia Italiana, uma rede de mais de 700 grupos de assistência leiga que traçam sua história até o século 13.

O Papa disse que estas confrarias, mesmo embora não sejam tecnicamente organizações da Igreja hoje, ajudam a preservar as raízes cristãs da Europa. Ele disse que era importante para tais grupos de voluntários lembrar-se que estão comunicando assistência espiritual e material aos necessitados.

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Doação de Sangue no Brasil

O Ministério da Saúde lançou a campanha com o mote “Doe sangue regularmente. Você doa, a vida agradece”. O foco é sensibilizar os brasileiros acerca de quão importante é doar sangue. Esta campanha deseja aumentar estoques em disponibilidade nos hemocentros brasileiros, que tiveram baixa na pandemia.

Maíra Botelho, secretária de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, falou que é fundamental a manutenção dos estoques nas fases graves e apontou o exemplo das chuvas intensas que aconteceram em Alagoas e Pernambuco, a vitimar centenas de indivíduos.

Maíra aponta que mesmo com avanços em medicina, permanece o sangue insubstituível. Ela fala que por mais que tenha avançado a medicina com muitos paliativos sintéticos, não há substituto ao sangue. E que não existe risco de contrair doenças na doação, com uma doação é possível salvar a vida do total de até 4 pessoas que correm risco.

Ela falou que a quantidade de doadores de sangue melhorou, em 2021, comparando com o começo da pandemia, em que estoques tiveram diminuição de 10%. Já em 2019, ocorreram 3.271.824 coletas de sangue no Brasil. Para 2020, a quantidade caía para total de 2.958.665. E subiu o número para 3.035.533 no ano de 2021, de bolsas de sangue coletadas.

Segundo a secretaria, até o mês de março de 2022, houve coleta de em torno de 732 mil bolsas de sangue. A OMS faz recomendação que a taxa na população de doadores de sangue corresponda de 1% a 3%. No país, a taxa de doação correspondeu a 1.4% no ano de 2021.

Basta ter a idade entre 16 e 69 anos, para doação de sangue, contanto que a primeira doação tenha ocorrido até 60 anos, indivíduos menores de 18 anos devem ter formal consentimento de responsável legal; estar alimentado, e pesar ao mínimo 50 kg.

Ainda, não consumir antes da doação alimentos gordurosos, portar documento oficial da identificação com foto, ter dormido ao menos quantidade de 6 horas pelas últimas 24 horas. É suficiente, uma única doação de sangue, correspondendo a 450 ml, a salvar a vida de até 4 indivíduos. E tal quantidade no corpo é reposta em período de 24 horas.

Foto de LuAnn Hunt na Unsplash