O mês de setembro é marcado pela campanha Setembro Amarelo 2025, que tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção ao suicídio. Em 2025, mais do que nunca, esse tema continua sendo fundamental, especialmente para os jovens e para aqueles que enfrentam dores emocionais profundas. A fé católica, a Bíblia Sagrada e o Catecismo da Igreja nos oferecem um caminho de esperança e sentido para enfrentar a escuridão interior.
Neste artigo, vamos refletir sobre os sinais de alerta, as formas de prevenção, a atuação da Igreja Católica, a importância da família e dos amigos e, sobretudo, como a fé pode ser uma arma poderosa contra o desespero.

Sinais de alerta
Reconhecer os sinais é o primeiro passo para salvar vidas. Muitas vezes, quem pensa em desistir de viver dá pistas, mesmo de forma indireta. Entre os principais sinais, podemos destacar:
- Mudanças bruscas de humor e comportamento;
- Frases como: “Não aguento mais”, “Queria dormir e não acordar” ou “Os outros seriam mais felizes sem mim”;
- Isolamento social e perda de interesse por atividades antes prazerosas;
- Alterações no sono e no apetite;
- Atitudes de despedida, como doar objetos pessoais de valor sentimental.
A Igreja nos ensina que a vida é um dom precioso de Deus. Como lembra o Catecismo da Igreja Católica (n. 2280): “Todos são responsáveis diante de Deus pela vida que lhes foi confiada. Devemos cuidar dela e levá-la ao fim segundo os desígnios de Deus.”
Formas de prevenção
A prevenção começa pelo diálogo e pelo acolhimento. Escutar com paciência, sem julgamentos, é um gesto de amor cristão. Muitas vezes, quem sofre precisa apenas ser ouvido para perceber que não está sozinho.
Além disso, incentivar a procura por ajuda profissional (psicólogos e médicos) é fundamental. A fé e a ciência caminham juntas: cuidar da mente e do corpo é também cuidar do templo do Espírito Santo (cf. 1Cor 6,19).
Algumas práticas importantes na prevenção:
- Estar disponível para conversar com quem demonstra sinais de sofrimento;
- Promover espaços de partilha dentro da comunidade paroquial;
- Incentivar a busca por acompanhamento espiritual e psicológico;
- Rezar junto com quem sofre, mostrando que Deus está presente na dor.
Ações dentro da Igreja Católica Apostólica Romana no Setembro Amarelo 2025
A Igreja tem um papel essencial na luta contra o suicídio, pois é lugar de encontro com Cristo, que traz vida e esperança. Paróquias podem realizar palestras, rodas de conversa e momentos de oração durante o Setembro Amarelo 2025.
Além disso, os padres, diáconos e agentes de pastoral precisam estar atentos aos fiéis que apresentam sinais de sofrimento. O acolhimento na confissão, a direção espiritual e a escuta fraterna podem transformar vidas.
São João Paulo II já dizia: “O homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si mesmo um ser incompreensível; sua vida é privada de sentido, se não lhe for revelado o amor, se ele não se encontra com o amor.” Esse amor deve ser experimentado dentro da Igreja, que é Mãe e sempre acolhe seus filhos.
Como dar sentido à vida após uma tentativa de suicídio
Quem já passou por uma tentativa de suicídio precisa de cuidado redobrado. A sensação de fracasso ou de vergonha pode ser tão destrutiva quanto o sofrimento inicial. Nesse momento, é essencial transmitir uma mensagem de esperança e de recomeço.
Na Bíblia, encontramos inúmeras passagens que falam sobre o valor da vida. O salmista proclama: “Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois Tu estás comigo” (Sl 23,4). Essa verdade deve ser semeada no coração de quem sobreviveu a uma crise.
O sentido da vida é reencontrado quando a pessoa entende que sua existência tem um propósito maior: amar e ser amada por Deus. A pastoral de acolhimento, os grupos de oração e a vivência dos sacramentos podem ser fontes de força espiritual para reconstruir a esperança.
O papel da família, dos amigos e da Igreja
A luta contra o suicídio não é solitária. A família e os amigos são pilares fundamentais nesse processo. Um lar que escuta, que acolhe e que não julga se torna espaço de cura.
Os amigos, especialmente os jovens, podem ser apoio concreto, demonstrando presença através de pequenos gestos: uma mensagem, uma visita, um convite para rezar ou participar de atividades paroquiais.
A Igreja, como comunidade de fé, deve ser esse espaço de braços abertos, onde ninguém se sente descartado. O Papa Francisco nos recorda: “A Igreja é chamada a ser sempre a casa aberta do Pai”. Esse acolhimento pode significar a diferença entre a vida e a morte.
A importância da fé católica na prevenção ao suicídio e no Setembro Amarelo 2025
A fé não elimina a dor, mas a transforma. Ao contemplarmos a Cruz de Cristo, entendemos que até o sofrimento mais profundo pode ser redentor. Jesus, em sua agonia, também clamou: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mt 27,46). Ele conheceu a escuridão, mas venceu pela ressurreição.
O Catecismo nos ensina que “o desespero é contrário à bondade de Deus” (CIC 2091). Por isso, a fé católica convida a confiar na misericórdia divina, que nunca abandona.
A oração, os sacramentos e a vida em comunidade fortalecem a esperança. O Rosário, por exemplo, é um refúgio seguro, onde a intercessão da Virgem Maria consola os corações aflitos. Santo Padre Pio dizia: “Reze, espere e não se preocupe. A preocupação é inútil. Deus é misericordioso e ouvirá a sua oração.”
Mais destaques para os jovens católicos
- Como identificar um possível suicida, ele dá algum sinal
- O que acontece com alma de uma pessoa que se suicida segundo a igreja católica
- Quais são os principais sintomas da depressão e como ficar curado
Conclusão sobre o Setembro Amarelo 2025
O Setembro Amarelo 2025 é um convite à ação. Prevenir o suicídio é missão de todos nós: família, amigos, Igreja e sociedade. Reconhecer os sinais, dialogar com amor e oferecer apoio profissional e espiritual são caminhos concretos de salvação.
A vida é dom de Deus, e cada pessoa é preciosa aos olhos do Senhor. Que possamos, como comunidade católica, estender a mão a quem sofre e proclamar que sempre há esperança em Cristo.
Como nos ensina São João Bosco: “A maior obra de caridade que podemos fazer em favor do próximo é conduzi-lo ao conhecimento da verdade.” A verdade é que Deus nos ama e nos quer vivos, plenos de esperança e alegria.
Foto: http://www.freepik.com/
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