No dicionário católico, o cenobita, um monge ou freira vivendo como membro no grupo religioso ou comunidade.
A vida cenobítica foi instituída no Oriente por São Pacômio (290-346) e modificada por São Basílio (329-79). O maior desenvolvimento, adaptando-o para necessidades ocidentais, veio através da Regra de São Bento.
Quais São os 3 Tipos de Monástico?
O monasticismo é uma prática antiga de devoção religiosa e comprometimento para vida espiritual. E tem sido praticada por séculos pelos monges, freiras, e outros religiosos. Os 3 tipos principais de monasticismo são cenobítico, eremítico e idiorrítmico.
O tipo cenobítico é caracterizado pela vida comunitária em um mosteiro ou convento com regras comuns e regulamentos; o tipo eremítico envolve viver solitário em um eremitério ou outro lugar isolado; enquanto o tipo idiorrítmico permite que os indivíduos vivam mais independentes em um mosteiro ou convento, mas ainda sob alguma forma de supervisão.
Cada tipo de monasticismo tem seu próprio conjunto único de princípios de práticas que guiam seus adeptos em sua jornada espiritual.
A vida monástica, ou vida de um monge, é um estilo de vida dedicado para crescimento espiritual e serviço. E é uma prática antiga que foi adotada por muitas religiões diferentes ao redor do mundo.
Há 2 tipos principais de vida monástica, a cenobítica e a eremítica. O monasticismo cenobítico envolve viver em comunidade com outros monges, enquanto o monasticismo eremítico envolve viver como um eremita solitário.
Em ambos os casos, o objetivo é viver uma vida devotada para oração e contemplação para aprofundar o entendimento espiritual de alguém e relação com Deus.
Cenobita – Monasticismo Cenobítico
O monasticismo cenobítico, o cenobita, forma de monasticismo com base na “vida em comum”, caracterizado pela disciplina rigorosa, adoração regular, e trabalho manual. Esta forma comunitária de monasticismo existe em várias tradições religiosas, particularmente cristianismo e budismo.
São Pacômio foi o autor da primeira regra cenobítica para cristãos no início dos anos 300, que mais tarde foi desenvolvida por São Basílio, o Grande. O monasticismo cenobítico foi introduzido no Ocidente por São Bento de Núrsia, e se tornou a norma da ordem beneditina.
No cristianismo oriental seus centros principais foram o mosteiro de Stoudios em Constantinopla, e várias comunidades monásticas em Monte Athos, na Grécia. O monasticismo cenobítico é uma tradição monástica que destaca a vida em comunidade.
Muitas vezes no Ocidente a comunidade pertence a uma ordem de religião, e a vida do monge cenobítico é regulada por uma regra religiosa, uma coleção de preceitos.
O estilo antigo de monasticismo, para viver como eremita, é chamado de eremítico. Uma terceira forma de monasticismo, encontrada principalmente no cristianismo oriental, é o skete.
A cenobítico é derivado, via latim, da palavra grega koinos (comum), e bios (vida). O adjetivo pode também ser cenobíaco. Um grupo de monges vivendo em comunidade é muitas vezes referido como cenobium.
Cenobita e o Monasticismo Cristão
A versão organizada do monasticismo do cenobita cristão é comumente considerado a ter começado no Egito no século 4 AD. Os monges cristãos de séculos anteriores eram geralmente eremitas, especialmente no Oriente Médio; isso continuava a ser muito comum até o declínio do cristianismo arameu, no final da Idade Média. Esta forma de vida solitária, porém, não se adequava para todos.
Alguns monges acharam o estilo eremítico muito solitário e difícil; e se alguém não estava espiritualmente preparado, a vida poderia levar aos colapsos mentais. Por esta razão, as comunidades monásticas organizadas eram estabelecidas para que monges pudessem ter mais apoio no seu esforço espiritual.
Enquanto monges eremitas não tinham um elemento de socializar, desde que encontrariam uma vez por semana para rezar juntos, monges cenobíticos se reuniam para oração comum em base mais regular.
Os monges cenobíticos também praticavam mais socialização porque os mosteiros onde viviam eram muitas vezes localizados ou próximos das aldeias habitadas.
Por exemplo, a versão bohairic de A Vida de São Pacômio, de Dionísio Exíguo, diz que os monges do mosteiro de Tabenna construíram uma igreja para os moradores da cidade vizinha do mesmo “antes que construíssem uma para si”.
Isto quer dizer que os monges cenobíticos se encontravam em contato com outras pessoas, incluindo leigos, enquanto os monges eremitas faziam o possível para se manterem isolados, encontrando-se para oração apenas ocasionalmente.
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São Pacômio
São Pacômio tem dia de festa em 9 de maio. São Pacômio pode ser justificadamente chamado de fundador do monasticismo cenobita, monges que vivem em comunidade.
Mesmo embora Santo Antônio, o Grande, fosse o primeiro a ir para o deserto para viver de reclusão buscando perfeição evangélica, ele viveu uma vida eremítica, que é uma vida principalmente solitária.
Pacômio começou como eremita no deserto, como muitos dos outros homens e mulheres nos séculos terceiro e quarto, que buscavam expressão mais radical da vida cristã. Ali, ele desenvolveu um laço muito forte de amizade com o eremita Palemon.
Um dia durante a oração, ele teve uma visão em que foi chamado a construir um mosteiro, e foi dito na visão que muitas pessoas que estavam ansiosas para viver uma vida ascética no deserto, mas não estavam inclinadas para vida solitária de um eremita, viriam e se juntariam a ele.
Seu amigo eremita, Palemon, o ajudou a construir o mosteiro e Pacômio insistiu que seus cenobitas eram para aspirar a austeridade dos eremitas. Mas, Pacômio sabia que sua ideia era uma radical, porque a maioria dos homens que vinha viver em seu mosteiro tinha apenas concebido o estilo eremita.
A grande realização dele foi reconciliar este desejo para perfeição austera com uma abertura para atender as exigências mundanas de vida em comunidade como expressão do amor cristão e serviço. Ele passou a maioria dos seus primeiros anos como um cenobítico fazendo todo o trabalho servil sozinho, sabendo que seus irmãos monges precisavam ser gentilmente induzidos a servir seus irmãos da mesma forma.
Ele assim os permitiu a devotar todo seu tempo para exercícios espirituais naqueles primeiros anos. Na morte dele, havia 11 mosteiros pachomianos, 9 para homens e 2 para mulheres. A regra que Pacômio elaborou foi considerada a ter sido ditada para ele por um anjo, e é esta regra que São Bento no Ocidente e São Basílio no Leste, se basearam para desenvolver suas regras mais conhecidas de vida cenobítica. São Pacômio morreu no ano 346.
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Carioca, nascido e criado no Rio de Janeiro, e Católico Apostólico Romano desde de sempre. Sou devoto de São Bento e ativo em movimentos da Igreja Católica desde a adolescência, fundei o site Jovens Católicos em 2016 com objetivo de mostrar tudo o que envolve as maravilhas da fé católica.
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