Como o título sugere, esta série de drama, série Lúcifer da Netflix, leva o anjo caído que incorpora o mal puro para seu personagem central. Como tal, naturalmente precisa ser abordado com muita cautela.
A cautela é ainda mais apropriada porque o programa, baseado em personagens de quadrinhos criado por Neil Gaiman, Sam Kieth e Mike Dringenberg para selo Vertigo de DC Entertainment, tenta rebatizar o Pai das Mentiras como uma figura com apelo público considerável.
Na realidade, os telespectadores provavelmente torcerão pelo sucesso desta versão do Príncipe da Escuridão, para cuja personalidade uma quantidade notável de luz foi adicionada.
Não há obviamente nada de simpático na persona do Satanás conforme retratado nas Escrituras ou tradição.
No entanto, as demandas de entretenimento popular tornam um vilão implacavelmente perverso uma ideia menos comercializável, especialmente na ampla extensão da série de TV.
Assim, telespectadores de certa idade vão se lembrar de que até J.R. Ewing de Larry Hagman, o chapéu preto infinitamente conivente da novela de horário nobre da CBS, Dallas, tinha seus pontos positivos.
Série Lúcifer da Netflix
Como para área moral cinzenta ocupada por Lúcifer deste programa, série Lúcifer da Netflix, interpretado por Tom Ellis, representa um nexo difícil de navegar de fé e cultura. E também serve como um terreno fértil para qualquer número de questões filosóficas.
O Diabo deveria estar totalmente fora dos limites dos roteiristas de televisão e cinema? Devem retratá-lo nos tons escuros estabelecidos pela teologia cristã? São as motivações para suavizar seu caráter inteiramente artísticas, ou é a intenção real celebrá-lo como rebelde amante da liberdade, livrando-se do suposto jugo da moralidade judaico-cristã? Se a bondade deve ser misturada com maldade dele, quanto é muito?
Se nada mais, as pessoas por trás de Lúcifer estão ao menos inteiramente diretas sobre a identidade real do personagem principal.
O piloto começa com estas palavras, vistas contra uma tela preta: “No princípio… o anjo Lúcifer foi expulso do céu e condenado a governar o inferno por toda eternidade; até que ele decidiu tirar férias. Los Angeles 2015 A.D.”.
As pessoas são introduzidas para Ellis disfarçado de um tipo de James Bond charmoso, carismático, e com sotaque britânico.
Ele é visto pela primeira vez dirigindo um conversível preto, sua placa dizendo “FALL1N1” enquanto Ain’t No Rest for theWicked de Cage theElephant, toca ao fundo. Tanto para sutileza.
Tendo abandonado o trono infernal dele e se reinventado como dono de uma boate de luxo chamada Lux, Lúcifer desfruta completamente de seu novo estilo de vida, cheio de indulgência, que previsivelmente incluiu uma boa dose de mulherengo. Mas ele ainda encontra tempo para buscar outro tipo de sedução.
Ele faz nada para esconder quem realmente é. Mas os mortais pelos quais ele agora está cercado não querem ou são incapazes de compreender a verdade.
Felizmente, da perspectiva dele, eles permanecem vulneravelmente incertos sobre ele.
Como tentador final, a força maior dele está na capacidade de persuadir as pessoas a agir de acordo com seus próprios impulsos mais sombrios e mais ocultos. Ainda assim, ele tem cuidado para apontar que o livre arbítrio continua em vigor.
Uma vítima da persuasão de Lúcifer é a estrela do cinema e música Delilah, cujo nome biblicamente ressoante é, obviamente, dificilmente acidental.
Quando ela faz uma visita, os 2 têm uma troca que tipifica o tom do programa.
Delilah se pergunta se ela vendeu a alma para o diabo. “O diabo fez você fazer isso?”, Lúcifer zomba. Então, para deixar clara a responsabilidade dela no assunto, ele a lembra: “A escolha é sua”.
“Deus, estou uma bagunça”, Delilah reclama, apenas para ser lembrada ainda mais de que Deus não teve nada a ver com isso.
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Assistir ou Não Lúcifer?
Apesar do que Lúcifer possa ter que dizer neste ponto, porém, Deus está presente na série como um todo. Se não visto, Ele é ao menos frequentemente mencionado sob o título aparentemente piedoso de “Pai Nosso”.
A frase aparece com bastante frequência nas conversas de Lúcifer com bartender de Lux, Mazikeen, com apelido de Maze. Originalmente um residente do inferno, Maze devotamente seguiu Lúcifer do submundo para Cidade dos Anjos onde os 2 mantêm uma amizade sexualmente carregada.
O “Pai Nosso” é também regularmente referido durante aparições do anjo celestial Amenadiel.
Ele repetidamente transmite a ordem de Deus que Lúcifer retorne para o inferno, apenas para Lúcifer recusar.
Quando Delilah é assassinada fora de Lux, Lúcifer se encontra desesperadamente, embora inesperadamente, ansioso para encontrar o culpado.
Para fazer assim, ele se une com detetive ChloeDecker e, para desgosto de Chloe, rapidamente se torna companheiro dela.
Ao contrário de qualquer um mais, Lúcifer encontrou na Terra, Chloe é imune aos apelos dele e não pode ser aprisionada.
Junto com desejo genuíno de Chloe para ajudar as pessoas, a inocência dela parece trazer um lado bom de Lúcifer.
Na realidade, ela logo o tem exibindo qualidades não características como compaixão e misericórdia.
Ele até fica amigo da filha mais nova de Chloe, Trixie, uma moça gentil que perturbadoramente suficiente, se apaixona imediatamente pelo Maligno.
Lúcifer está tão chocado pela súbita onda dele de emoções positivas que ele contrata uma terapeuta, Linda, para resolver a confusão dele.
Assim como Trixie é levada por Lúcifer, os jovens e até adolescentes maduros provavelmente estariam em risco de ser desviado pela série homônima dele.
Há valor de entretenimento inegável a ser encontrado neste procedimento inusitado, com seu diálogo espirituoso, valores de boa produção e elenco talentoso.
Ainda, tais prazeres estéticos dificilmente mascaram os perigos espirituais que espreitam por trás deles.
Um velho ditado diz que “quem ceia com o diabo deve ter uma colher longa”. Os espectadores maduros que assistem este programa, que obscurece muitas linhas morais e espirituais com seu retrato rápido e solto de Satanás, devem vir equipados com uma base sólida na sua fé e julgamento perspicaz.
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Carioca, nascido e criado no Rio de Janeiro, e Católico Apostólico Romano desde de sempre. Sou devoto de São Bento e ativo em movimentos da Igreja Católica desde a adolescência, fundei o site Jovens Católicos em 2016 com objetivo de mostrar tudo o que envolve as maravilhas da fé católica.
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