Bullying é pecado para igreja católica: como evitar e combater

Rodrigo de Sá Artigos Religiosos Cristãos Jovem católico, deixe seu comentário

Bullying é quando as pessoas repetidamente e intencionalmente usam as palavras ou ações contra alguém ou um grupo de pessoas para causar sofrimento e risco para o bem-estar deles.

Estas ações são geralmente feitas por aqueles que têm mais influência ou poder sobre o outro, ou que desejam fazer alguém se sentir menos poderoso ou desamparado.

Bullying não é o mesmo que conflito entre indivíduos, como brigar, ou não gostar de alguém, mesmo embora as pessoas possam fazer bullying umas com as outras por causa de conflito ou antipatia.
O tipo de comportamento repetido que pode ser considerado bullying inclui:

Deixar uma pessoa fora do grupo, online ou offline.
Agir de forma desagradável próximo ou na frente de alguém.
Lançar olhares maldosos, fazendo gestos rudes, ofendendo, agir com falta de educação, e provocar constantemente de forma negativa.
Espalhar rumores ou mentiras, ou deturpar alguém.
Assediar alguém com base em sua raça, sexo, religião, gênero ou deficiência.
Intencional e repetidamente machucar alguém fisicamente.
Intencionalmente perseguir alguém.
Aproveitar-se de qualquer poder sobre o outro.

O bullying pode acontecer em qualquer lugar. E pode ser nas escolas, em casa, no trabalho, em espaços sociais online, por mensagem de texto ou email.

Pode ser físico, verbal, emocional e também inclui mensagens, declarações públicas e comportamento online intencionado para causar sofrimento ou dano, também conhecido como cyberbullying.

Mas não importa qual forma de bullying, os resultados podem ser o mesmo: sofrimento severo e dor para a pessoa vítima.

Posição da Igreja Católica e Papa Francisco sobre esse mal

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Bullying é pecado? Assim como a influência do Espírito Santo é reconhecida quando alguém faz um ato de caridade, cristãos também devem reconhecer a presença do diabo quando o bullying acontece, segundo o Papa Francisco.

Ele disse na homilia, “quando nós percebemos que abrigamos dentro de nós o desejo de atacar alguém porque ele é fraco, não temos dúvida, é o diabo. Porque atacar o fraco é trabalho do Satanás”.

O Papa centrou a homilia dele na leitura do dia do Primeiro Livro de Samuel, que narra os abusos verbais sofridos por Hannah, porque ela era incapaz de conceber um filho.

Relatos semelhantes em outras histórias da Bíblia, da esposa de Abraão, Sara, ridicularizada, para Jó, que tinha sido rejeitado pela esposa dele após seu infortúnio, são histórias que cristãos devem reservar tempo para refletir, o Papa disse.

“Eu me pergunto: o que acontece com estas pessoas? O que há dentro de nós que nos força a zombar e maltratar os outros mais fracos do que nós?”, perguntou o Papa. Ele fala, “É compreensível quando uma pessoa se ressente de alguém mais forte do que ela, talvez por causa de inveja… mas para o mais fraco? O que nos faz ter essa atitude? É algo habitual, como se eu precisasse ridicularizar outra pessoa para sentir confiança; como se isso fosse uma necessidade”.

Papa Francisco fala que quando criança havia uma mulher chamada Angelina na vizinhança dele e ela era constantemente ridicularizada pelos outros, especialmente as crianças, por causa da doença mental dela.

Enquanto as pessoas generosamente dariam alimento e roupas para ela, as crianças locais tirariam sarro da mulher e diriam, “vamos encontrar Angelina e nos divertir”, falou o Papa. E completou, “hoje nós vemos isso constantemente nas nossas escolas, o fenômeno do bullying, atacando o fraco porque é gordo ou estrangeiro ou porque é negro”.

“Isso significa que há algo dentro de nós que nos faz agir agressivamente para o fraco”. Embora psicólogos possam dar uma razão diferente para o motivo de alguns serem inclinados para fazer bullying contra os fracos, Francisco disse que ele acreditava que era “uma consequência do pecado original” e o trabalho do Satanás que “não tem compaixão”. O Papa falou, “Vamos pedir para o Senhor nos dar a graça da compaixão de Deus”. “Ele é Aquele que tem compaixão por nós e nos ajuda a seguir em frente”.

Quais São os Tipos de Bullying?

Há muitos tipos de bullying, o:

Verbal – Ofender, provocar, colocar alguém para baixo, ameaçar a causar dano ao outro.
Físico – Cutucar, bater, socar, chutar, cuspir, tropeçar ou empurrar alguém, quebrar as coisas do outro, fazer caretas ou fazer sinais de mão rudes.
Social – Mentir, espalhar rumores, fazer piadas horríveis, deixar alguém de fora de propósito, constranger alguém em público.
Cyberbullying – É usar a tecnologia como email, celular, sites para ferir alguém por enviar mensagens, fotos ou comentários ofensivos.

O comportamento de bullying no trabalho que é fisicamente, mentalmente ou socialmente ameaçador pode incluir intimidação, ameaças, exclusão, abuso físico ou verbal.

Sinais

O bullying afeta as pessoas de maneiras diferentes, mas alguns sinais comuns de bullying incluem:

Ficar extraordinariamente quieto e reservado.
Parecer hipersensível ou choroso, ou ter explosões de raiva.
Não dormir adequadamente.
Ter ferimentos físicos como hematomas, cortes ou arranhões.
Ficar isolado, retraído ou perder interesse em atividades normais.
Ter dores físicas, e as dores como dor de cabeça ou no estômago.
Receber mais mensagens do que usual via rede social.

Outros assuntos maneiros:

Como Combater o Bullying?

Se o bullying não for desafiado ou interrompido, pode contribuir para uma cultura onde é tolerado.

Se isso ocorre, todos sentem-se impotentes para parar o bullying. Se for uma pessoa que sofre de bullying, pode precisar usar algumas estratégias diferentes, como:

Conversar com alguém de confiança.
Levar alguém de confiança para buscar ajuda ou conversar com quem faz o bullying.
Buscar ajuda de um serviço de apoio.

Ao sentir segurança e confiança, pode abordar quem faz bullying sobre o motivo deste comportamento não ser correto. Há responsabilidade de respeitar e proteger os direitos dos outros. Um espectador é alguém que vê ou sabe sobre bullying que está acontecendo para o outro.

Se a criança está sofrendo bullying:

Ajudar a criança, ou filho, a permanecer focado em encontrar uma solução.
Assegurar para a criança que não é culpa dela.
Conversar com ela sobre as diferentes formas de se relacionar com o agressor e praticar com a criança por meio de encenações.
Falar para a criança que vai contatar a escola.

Se o bullying for violento ou ameaçador, contatar a polícia. O empregador tem uma responsabilidade legal de oferecer um local de trabalho seguro, e um dever de cuidado quando se trata da saúde e bem-estar dos trabalhadores.

Foto de Morgan Basham na Unsplash