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No final do milênio, ano 2000, um anseio por uma era de liberdade dos males que afligem o mundo, o espírito de milenarismo voltou como tantas vezes antes. Não é uma seita, uma religião, uma organização única, uma ciência ou filosofia. De algumas formas não é sequer nova. Nova Era é chamado de um movimento para indicar que é uma rede de pessoas e grupos que compartilham uma visão mundial e desejo comum para mudar o mundo.

Este então chamado, o movimento de Nova Era, é uma corrente cultural que envolveu o mundo hoje. Há assim uma necessidade urgente para católicos entenderem a doutrina católica autêntica para adequadamente avaliar os temas da Nova Era.

Ideia e Prática da Nova Era

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A ideia e prática da Nova Era são como o gnosticismo dos séculos II e III, uma variedade de posições que a Igreja identificou como contrariando a fé católica. Astrólogos acreditam que, o que chamam de Era de Peixes, 0-2000 A.D., terminou e que a Era de Aquário, 2000-4000 A.D. está próxima.

Na esteira histórica dos eventos da Renascença e da Reforma, muitos estão menos inclinados a obedecer a autoridade externa e pensam na religião de uma forma que leva à noção que o eu é sagrado e para uma ideia exagerada de liberdade, confiança e autenticidade.

Fé em Deus é muitas vezes abandonada, exceto talvez como uma ferramenta para autopromoção. Assim, está montado o palco para um triunfo e reinado imaginários da cultura de consumo.

Uma sociedade que sofreu um colapso de fé na tradição cristã e no processo ilimitado e progresso de ciência e tecnologia tem agora que confrontar o retorno surpreendente do gnosticismo, um compêndio de religiosidade cósmica, rituais, e crenças que nunca tinham realmente desaparecido.

Gnosticismo tem sua origem nas religiões pagãs da Ásia, Fenícia, Egito, Grécia e Babilônia, e também na astrologia e platonismo grego. Seu princípio básico é a doutrina de salvação através do conhecimento.

O movimento da Nova Era afirma ser capaz de adquirir este conhecimento de forma esotérica através de tais métodos como análise de sonho e por meio de um “mestre espiritual”.

Questão Central do Movimento Nova Era

A questão central sobre o movimento Nova Era é como define a espiritualidade. Para o devoto da Nova Era, espiritualmente significa o uso de poderes da natureza e de uma “energia” cósmica imaginária para comunicar com outro mundo e descobrir o destino de um indivíduo, ou para ajudar a tirar o máximo proveito de si.

O cristianismo, por outro lado, é um convite para olhar para fora e além, para o “novo Advento” de Deus que chama os fiéis a viver no diálogo do amor.

Nova Era não acredita em um Deus que transcende a criação Dele, não acredita em bem ou mal, não tem espaço para julgamento ou culpa, e sustenta que a crença no mal é negativa e causa apenas medo. E também falha em distinguir entre Deus que criou o universo e o universo que Ele criou.

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Nova Era É Pecado para os Católicos?

CCC 2116, “Todas as formas de adivinhação devem ser rejeitadas… Consultar horóscopos, astrologia, leitura da mão, interpretação de presságios e sortes, fenômenos de clarividência, e recurso a médiuns… contradizem a honra, respeito, e temor amoroso que devemos somente a Deus”.

O livro clássico sobre a Nova Era é mais relevante do que nunca. O Padre jesuíta MitchPacwa é um anfitrião de EWTN que é presidente e fundador de IgnatiusProductions e membro sênior de St. Paul Center for BiblicalTheology.

Entre seus muitos livros está Catholicsandthe New Age, um livro que ele publicou em 1992 que fala da experiência dele do movimento Nova Era e alertando os católicos para ficar longe disso.

Em uma conversa com este escritor em que ele tratou o assunto, falou, “Nova Era é uma megatendência na religião e recebeu seu mais novo impulso de dentro da Igreja Católica”. Padre Pacwa descreveu Nova Era como uma combinação de monismo e panteísmo, que leva a pessoa a fazer dele, Deus. Monismo é a crença que “tudo é um” e panteísmo sustenta que “tudo é Deus”.

O elemento do monismo vem quando experimentadores da Nova Era começam sua busca por um “estado alterado de consciência”, buscando quebrar as barreiras entre si e o mundo ao redor. Este estado alterado, explicou o Padre, pode ser alcançado pelo uso de drogas ilegais, meditação e várias técnicas de respiração.

“Os adeptos tentam se ver como um com o Universo”, disse o Padre. “Eles são grandes apoiadores de tais coisas como uma religião mundial e um governo mundial”.

Nova Era também tem elementos de panteísmo, derivando suas ideias do hinduísmo e outras filosofias orientais. Se tudo é Deus, então necessariamente “você é Deus”.

Nova Era – Indústria Multibilionária

Combinando estes aspectos de monismo e panteísmo, continuou Padre Pacwa, o crente da Nova Era então espera a chegada do milênio ou “Nova Era”, quando “todas as pessoas percebem que são Deus e haverá uma nova era de paz, amor e tranquilidade”. O problema agora, acredita este crente, é que as pessoas não percebem que são Deus e recorrem ao crime, guerra e violência.

O Padre afirmou que Nova Era é uma indústria multibilionária de dólar. Os lucros sobre tais coisas como livros de Nova Era, retiros, auxílios à meditação, itens relacionados ao ocultismo, palestras e coisas do gênero somam bilhões de dólares anualmente.

O Padre disse, “Mais da metade das empresas de Fortune 500 nos Estados Unidos contrata os crentes de Nova Era para dar seminários aos seus empregados”. Padre Pacwa discutiu o trabalho lucrativo de um número de defensores da Nova Era, incluindo atriz Shirley MacLaine, que se tornou rica vendendo livros da Nova Era.

Conceitos de Carma e Reencarnação

Os seguidores da Nova Era acreditam nos conceitos de carma e reencarnação, parecido com as crenças do hinduísmo. Transposto para filosofia da Nova Era, o Padre opinou, muitos seguidores da Nova Era acreditam que as pessoas continuamente renascem em novos corpos conforme se esforçam para alcançar seu objetivo final de iluminação, a percepção que são Deus.

O cristianismo condena tais crenças, “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,”, Hebreus 9:27. Padre Pacwa ofereceu recomendações para responder aos seguidores da Nova Era, “A primeira forma de responder é não responder. Deixar que a loucura deles tome seu curso”.

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Ele raciocinou que estes crentes vão reconhecer a irracionalidade de muitas das suas crenças e escolherão deixar por si. A segunda resposta é, “Conheça sua fé”. A Bíblia claramente condena o trabalho dos espíritas, ele explicou. O cristianismo e Nova Era estão em desacordo obviamente um com outro.

Além disso, o Padre recomendou que os ouvintes “tirassem a poeira do seu Catecismo” que explicitamente condena sessões espíritas, encantos, feitiços, acreditar em sonhos, leitura da sorte ou espiritismo. E também desaprova leitura da mão, astrologia e uso de tabuleiro Ouija.

Padre Pacwa explicou que muitas destas atividades que podem desempenhar um papel no movimento da Nova Era são “proibidas por Deus”, dando o poder Dele para criaturas. “Se você se envolveu em qualquer destas coisas, vá para confissão e peça perdão para Deus”.

A solução para movimento Nova Era, o Padre concluiu, é encorajar estes crentes a estudar o Evangelho e aprender sobre Cristo.

As pessoas envolvidas na Nova Era estão buscando por significado na vida, o significado verdadeiro sendo encontrado apenas em Cristo.

As pessoas são muitas vezes atraídas para Nova Era por razões egoístas, ele afirmou, porque não querem acreditar no bem e mal objetivos e “não querem obedecer a lei de Deus”, preferindo ao invés, criar a sua.

Eco-Espiritualidade

A teoria por trás desta espiritualidade é que o divino é presente em toda criação (panteísmo) e que as pessoas devem expandir seu amor do “próximo” para incluir o cosmos inteiro. É relacionado com a filosofia de Teilhard de Chardin e para teologia evolucionária, um dos defensores é John Haughey.

Ecoteólogos sustentam que porque humanos são tão intimamente interconectados com o cosmos orgânico, eles não podem se completar sem o cosmos, e que o universo é um único todo dinâmico no qual os humanos estão inseridos.

A Terra é considerada auto-organizada e auto-transcendente. Os seres humanos são uma ferramenta para a Terra se explorar. São instruídos a abandonar “atribuições de valor, e julgamentos cegos”, e escolher ações que são “eficientes e apropriadas”.

Crenças da Nova Era Não São Cristãs, Diz o Vaticano

A Era de Aquário é em última análise incompatível com cristianismo, a Igreja Católica Romana declarou em um estudo há muito aguardado.

Mas ao mesmo tempo, os oficiais da Igreja admitiram que alguma da popularidade dos crentes da Nova Era pode ser atribuída ao fracasso das igrejas estabelecidas de adequadamente tratar as necessidades mais profundas dos humanos, por significado e transformação pessoal.

O Vaticano falou, “Nova Era é atraente principalmente porque muito do que ela oferece atende as fomes, muitas vezes deixadas insatisfeitas pelas instituições estabelecidas”.

O estudo de 90 páginas, que foi publicado por VaticanWorkingGroupon New ReligiousMovements, responde às preocupações levantadas ao longo dos anos pelos bispos e outros sobre o pensamento e práticas da Nova Era que estão se infiltrando entre os fiéis católicos.

O estudo disse que é importante para a Igreja claramente declarar o que é e não é compatível com o ensinamento cristão.

Em particular, o estudo condenou as crenças e práticas da Nova Era que afirmam que Deus está totalmente dentro de cada ser humano, que pessoas podem se salvar ou que Jesus foi apenas uma manifestação de um “Cristo cósmico” impessoal que permeia o universo.

O termo Nova Era cobre uma ampla gama de crenças e práticas. Alguns adeptos falam de poderes de cura de cristais. Outros afirmam ser canais para seres espirituais. Muitos mais seguidores de Nova Era praticam ioga e meditação.

É muito mais uma ideia de se sintonizar em uma realidade impessoal que é vista como causa subjacente do universo. Quando o movimento da Nova Era atingiu o pico, em torno de 3 milhões a 6 milhões de americanos aderiram de uma forma ou de outra para espiritualidade da Nova Era.

O problema com o pensamento da Nova Era não está em sua avaliação dos problemas com a sociedade moderna, mas “no que propõe como respostas alternativas para questões da vida”, o Vaticano falou.

O que é perturbador, e incompatível com o cristianismo, é a rejeição de um Deus pessoal e transcendente, o estudo falou. E também rejeitou um “narcisismo espiritual” enraizado no mito, não na história, e essencialmente focado no indivíduo ao invés da comunidade.

“É claro que, em teoria ao menos, Nova Era muitas vezes não reconhece autoridade espiritual superior à experiência interior pessoal”, o estudo falou.

O estudo do Vaticano, é claro, não é a única crítica cristã do movimento da Nova Era. A Convenção Batista do Sul, a maior denominação protestante do país, compartilha muitas das críticas da Igreja Católica.

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Rodrigo de Sá

Carioca, nascido e criado no Rio de Janeiro, e Católico Apostólico Romano desde de sempre. Sou devoto de São Bento e ativo em movimentos da Igreja Católica desde a adolescência, fundei o site Jovens Católicos em 2016 com objetivo de mostrar tudo o que envolve as maravilhas da fé católica.
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