A Psicografia se caracteriza a escrita realizada pelos médiuns ditadas pelos desencarnados espíritos. Por Allan Kardec a psicografia foi então classificada como tipo de manifestação inteligente.
De acordo com Kardec, pode ser o mecanismo de funcionamento da psicografia, consciente, mecânico ou semimecânico.
Um decreto do Santo Ofício da Igreja Católica Romana em 1898 condenou práticas espíritas, embora aprovasse a investigação científica legítima dos fenômenos relacionados.
Os líderes de igreja associaram espiritismo à feitiçaria. Algumas igrejas consideravam as práticas dos espíritas como parte da atividade proibida de necromancia (comunicação com os mortos para conhecer o futuro).
Primeiro, deve ser claramente afirmado que a escrita automática nunca foi parte da tradição mística da Igreja. Muitas pessoas acreditam que Santa Catarina de Siena usava uma forma de escrita automática, porque ela não sabia como escrever e ainda recebia muitas mensagens do Senhor que ela era capaz de gravar.
Porém, Santa Catarina de Sena realmente recebeu o dom da escrita, como se ela sempre tivesse conhecido isso, e não participou de qualquer forma de escrita guiada.
O Padre François-Marie Dermine diz em relação à crítica dele sobre as escritas de VassulaRyden, “Místicos sempre foram respeitados na sua humanidade e sua liberdade, e nunca foram guiados por Deus contra sua vontade e forçados a fazer coisas que não poderiam realizar de outra forma”.
Um místico católico nunca pode estar na mesma categoria como um médium, que é essencialmente o que uma pessoa se torna quando participando na escrita automática.
Quando um santo escreve o que Deus o inspira a escrever, a pessoa está sempre totalmente ciente do que está escrevendo e não estão se permitindo a serem usados como um tipo de canal, que é o caso com escrita automática.
Psicografia e Locuções e Escrita Automática
A escrita automática, psicografia, é também conhecida como escrita em transe porque o destinatário entra em transe e permite uma entidade espiritual a ditar a mensagem que deseja transmitir.
Esta é uma forma de mediunidade, ou canalização, que permite um espírito a temporariamente possuir uma pessoa.
Em nenhum momento Deus se comporta de tal forma com os santos Dele. Enquanto místicos sejam conhecidos a ficar em estado de êxtase, Deus não “possui” seus corpos e os usa para cumprir as ordens Dele. Ele sempre respeita o livre arbítrio das criaturas Dele.
Quanto ao tipo de locuções que cristãos vivenciam, estas podem ocorrer de várias formas diferentes:
- Locuções corpóreas são aquelas ouvidas realmente pelo poder físico da escuta, que são muito raras, e assim, altamente suspeitas. O diabo é mais do que capaz de falar para as pessoas e pode até enganar a alma mais adepta. Os santos, como Santa Teresa de Ávila, Doutora da Igreja, recomendam que os fiéis ignorem estas mensagens inteiramente.
- Locuções imaginárias são as que se referem à faculdade imaginativa que recebe o mesmo tipo de impressão que teria recebido se tivesse ouvido palavras.
- Locuções intelectuais são consideradas as mais confiáveis. Neste tipo, Deus imprime o que Ele vai dizer na profundeza do espírito, sem uso de voz ou sons. É muitas vezes descrita como uma “infusão de conhecimento”, ou um entendimento claro e repentino de algum assunto ou situação.
Mas receber estas locuções não ocorre no vácuo. São mais comumente encontradas nas vidas das pessoas que já profundamente se comprometeram para o Evangelho de Jesus Cristo e que estão genuinamente buscando comunicação com Deus.
Mas, isso não quer dizer que toda locução ouvida seja autêntica. O ser humano tem a natureza caída, e por causa da fragilidade, não vai receber toda revelação perfeitamente do Espírito Santo.
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O que Diz a Bíblia Sagrada e o Catecismo da Igreja Católica?
Lawrence Cunningham, professor emérito de teologia na UniversityofNotreDame diz, “Não há prática doutrinária ou moral estabelecida em relação aos fantasmas ou aparições”. “Você não pode apontar um cânone nos concílios ecumênicos ou lei canônica que trate disso”.
Quando se trata de paranormal, a igreja caminha uma linha tênue. Por um lado, o catolicismo é definido por uma crença no sobrenatural, uma pessoa da Trindade estava no passado não tão distante comumente chamado de “Espírito Santo”.
Mas os líderes da Igreja também devem combater a crença errônea no ocultismo.
A palavra “fantasma” vem de geist, a palavra alemã para espírito. Um poltergeist, ou fantasma barulhento, é um espírito que faz sua presença conhecida com atos de travessuras, lançando torradeiras ou cadeiras da sala de jantar ao redor.
Martin Luther era um dos primeiros a usar o termo “Polter-Geister”. O Dicionário Católico Moderno define “fantasma”, como um “espírito desencarnado”.
“O cristianismo acredita que Deus pode, e por vezes o faz, permite uma alma que partiu a aparecer de alguma forma visível para pessoas na Terra”, a definição continua. “… Seu propósito pode ser ensinar, advertir ou solicitar algum favor para os vivos”.
O Catecismo da Igreja Católica ensina que “todas as formas de adivinhação são para serem rejeitadas”. Isso inclui a psicografia, “recorrer a Satanás ou demônios, conjurar os mortos, ou outras práticas falsamente supostas a ‘revelar’ o futuro”.
Consultar leitores de mão, interpretar presságios, um interesse na clarividência, “tudo esconde um desejo pelo poder sobre o tempo, história, e em última análise, outros seres humanos”, segundo o Catecismo.
E tudo “contradiz a honra, respeito, e temor amoroso que nós devemos apenas para Deus”. E ainda, claramente católicos devem acreditar no inacreditável.
A comunhão dos santos, por exemplo, necessita de uma crença em milagres.
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Carioca, nascido e criado no Rio de Janeiro, e Católico Apostólico Romano desde de sempre. Sou devoto de São Bento e ativo em movimentos da Igreja Católica desde a adolescência, fundei o site Jovens Católicos em 2016 com objetivo de mostrar tudo o que envolve as maravilhas da fé católica.
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